24 de novembro de 2006

Tomb Raider II: Dagger of Xian



Tomb Raider II: Dagger of Xian (****)


Tomb Raider foi um dos jogos pioneiros de ação/ aventura em perspectiva de segunda pessoa (vistas das costas do personagem). Embora já existissem jogos com esta visão antes, Tomb Raider foi o título que popularizou o gênero. Segundo um de seus criadores, se fosse para passar horas de jogo olhando para a bunda de alguém, que fosse de uma mulher bonita...hehehehe

Lara again
Tomb Raider II traz de volta a saudosa, curvilinea e extremamente simpática arqueologa aventureira Lara Croft. No enredo do game, a gatíssima aventureira se vê às voltas com uma seita sombria, que está em busca de um artefato conhecido como Adaga de Xian (Dagger of Xian), capaz de transformar humanos em dragões.
A aventura leva Lara a diversas partes do globo, desde as ruinas chinesas aos pés da Grande Muralha, até o Himalaia e Veneza. A qualidade gráfica é muito boa para a època, ainda que a arquitetura local nem sempre faça sentido (sobretudo quando se está no Teatro, em Veneza), e você raramente encontre nos cenários o que encontraria nos locais reais...
Há muitas armadilhas, puzzles e inimigos pelos cenários. Embora todos sejam desafiadores, são sempre obstáculos bem pensados e divertidos, nem muito fáceis nem muito escabrosos. O que é um ponto muito positivo, visto que é muito difícil se conseguir isso em um jogo de ação/aventura.
Outro ponto favorável é o modo de jogo "Mansão da Lara", no qual você pode visitar a casa de Lara Croft, tentar bater seu record pessoal em uma corrida de obstaculos que ela mantem no quintal, explorar a residencia dela, tomar um banho de piscina e, o mais divertido, prender o pobre mordomo na geladeira da cozinha (hahahaha) XD
Aqui há Dragoes
Contudo, embora Tomb Raider II seja uma otima aventura (principalmente para quem já gostou do primeiro, ou eh fã de Indianna Jones), há alguns pontos falhos.
O principal eh justamente a visão em segunda pessoa. Muitas vezes a câmera não ajuda, e em alguns pontos, principalmente quando se tem que saltar de algum lugar, isso atrapalha bastante.
Há alguns locais que tem problemas estratégicos, como na fase em Veneza, na qual você tem que jogar um bote contra algumas minas subaquaticas... Se seu bote for afundado antes, simplesmente não tem como passar de fase...
Fora estes pequenos detalhes, Tomb Raider II é um jogo excelente, que merece uma olhada!

20 de novembro de 2006

Fallout Tactics


Fallout Tactics (****)


Fallout foi um dos melhores, se não o melhor, jogo de RPG eletrônico futurista já produzido. Sua continuação, Fallout 2, foi o melhor game de RPG já criado. No embalo dos sucessos, a Interplay decidiu investir em uma terceira batalha no mundo pós apocaliptico de Fallout, o Fallout Tactics.

Táticas

Fallout Tactics, como o nome diz, não é bem um RPG, como eram as versões anteriores. Embora ainda tenha "pitadas" de Role Playing, como a possibilidade de se construir e evoluir um personagem e de se conversar com outros personagens no jogo, Tactics está muito mais para a estratégia de X-com e Comandos do que para o estilo de Fallout2 e Baldurs Gate.

No enredo do jogo, você controla um novato da organização militar Brotherhood of Steel (Irmandade do Aço). Como soldado da tal irmandade, você precisa cumprir missões diversas, que vão de assassinato a escolta, passando por sabotagens, resgates, exploração....

O humor àcido da série Fallout ainda está presente, embora menos explícito do que nos outros títulos. Além de mortes absurdas e escabrosas (principalmente se seu personagem tiver a caracteristica Blood Mess, que faz com que todos morram de forma exageradamente violenta perto dele...), há referências a filmes (em certo local você encontra o cadáver do Jack (Leonardo de Capri) do Titanic, junto com uma boia, o colar do filme e um desenho tosquissimo de uma mulher nua...), falas divertidas e itens estranhos (desentupidores de pia podem ser usados como arma!!!).

A ação também dá as caras o tempo todo. Há tiroteios para todo lado, e, se você pretende jogar no modo Hard, é importante saber manejar bem os personagens, armar armadilhas, emboscadas, estratégias e ser furtivo.

Um ponto bastante positivo é a interatividade com o cenário. Você pode recrutar soldados em sua base, comprar, pilhar e vender itens, escolher a cor de pele, cabelo e roupas do personagem... enfim, sendo um jogo de estratégia, é um dos melhores.

Outro ponto favoravel são as opções do jogo. É possível escolher lutar em modo de turnos normais, como nos outros jogos da serie; em tempo real, como em Comandos; e no modo "turno de grupo", onde você pode mover todos os seus soldados em cada turno (de longe o melhor). Ainda é possível escolher a opção para deixar seus soldados em formação quando eles se moverem, entre outras, muito uteis para o game.

"Caia Fora" (Tradução ao pé da letra de "Fall Out")

Fallout Tactics é um jogo de estratégia competente. Além de trazer de volta o rico universo da série (algo discaradamente baseado em Mad Max), é muito mais divertido do que jogos similares, como Comandos e X-com.

No entanto, esse game ainda tem muitos defeitos. Trocar itens entre os soldados de seu esquadrão é um suplício, assim como vende-los. Os caras tem que estar perto, não há como examinar as armas para saber quanto de dano fazem sem ter que armar os soldados, e acaba-se gastando tempo desnecessario para ver qual arma é melhor para qual soldado.

Pilhar os corpos também é uma tarefa ingrata. Eles são muito fáceis de se cconfundir, e muitas vezes você acaba pilhando o mesmo cadáver duas vezes.

A falta de Role Playing é uma decepção para quem via Tactics como um "Fallout 3". A liberdade de ação do Fallout2 foi pro buraco. Aqui você tem apenas que resolver as missões, uma atrás da outra. Embora você possa explorar o mapa livremente, não se pode, por exemplo mudar de lado, trair a tal Irmandade, ignorar as missões ou bater um papo amigavel com os civis...

Enquanto se espera o próximo Comandos ou X-com, Fallout Tactics é uma boa pedida. Mas vamos ficar aguardando um "Fallout3", título que, com certeza, Tactics não merece...

10 de novembro de 2006

Tomb Raider The Last Revelation



Tomb Raider IV, the Last Revelation (*)

Tomb Raider foi um dos games que mais fizeram sucesso na historia dos jogos eletronicos. Antes do primeiro Tomb Raider já existiam jogos em segunda pessoa (visão das costas dos personagens) e jogos com arqueologos. No entanto, a série se tornou incrivelmente popular por conta de sua protagonista, a curvilinea e carismatica Lara Croft.

A Reveleção Final
Depois de tres jogos famosos, divertidos e bem produzidos, o quarto da série cai como uma bomba na historia de Tomb Raider...
Pelo lado bom (digamos, menos ruim...) Tomb Raider IV tras a deliciosa Lara Croft em suas tradicionais (poucas) roupas. Os graficos estao melhores, ha novos movimentos, e os maniacos pela personagem podem conferir a adolescencia de Lara (que, diga-se de passagem, jah tinha peitoes...).
A Decepçao Final
Na realidade, os bons graficos escondem um jogo pessimo, muito abaixo do nivel dos outros Tomb Raider.
Para começar, não há nenhuma parte nas opções do jogo que permita mudar os controles, e tambem não ha opções ou sequer pistas para quais são os controles do game. Ou seja, se voce nao tiver o manual a mao, pode perder preciosas horas tentando balançar em cordas ou ativar itens...
O unico modo de jogo (nao ha mais a opção de visitar a mansao da Lara) torna obrigatorio passar por um chatissimo tutorial, onde a Lara adolescente aprendia os segredos da arqueologia. O tutorial eh extremamente dificil, ainda mais com o detalhe de que os controles não são mencionados pelo game, o que toma muitas horas da ação do game. Há muitas àreas escuras (escuro eh elogio, o jogo usa a cor preta em toda a tela), e javalis selvagens, e a Lara adolescente não tem nem fosforos nem armas...
O game de verdade (fora do tutorial) eh ainda pior. As telas de loading demoram quase 10 minutos para carregar o jogo, o que já eh uma chateação, levando e conta que em jogos da serie Tomb Raider é muito fácil de se morrer; basta um salto errado, uma armadilha que pasou desapercebida ou uma queda acidental para ter que carregar novamente o jogo...
Os graficos dos cenarios sao bonitos, mas ordinarios. Ha muitos locais escuros, e os tres meios que Lara tem para iluminar não funcionam lah muito bem. Os fosforos duram muito pouco (menos de dez segundos), e atirar com as pistolas não ilumin o suficiente. Ela também pode usar um binoculo (!!!) para iluminar, mas nao se pode andar enquanto se usa ele, o que nao ajuda muito.
Os pluzzes são muito idiotas. Leva-se muito tempo para sacar o que fazer, e quando se descobre, dah ateh raiva do tao ingenuos e simples sao os desafios...
Por outro lado, as armadilhas são extremamente letais, matando instantaneamente a pobre senhorita Croft. Em outras palavras, você vai voltar para as interminaveis telas de loading mais cedo do que imagina...
Os inimigos tambem são um show (de horrores...) a parte. Se voce odiava os tigres dos jogos anteriores, prepare-se. Agora ha mortos vivos imortais. Imortais mesmo, nao caem nunca.
Os programadores desta aberração deviam estar loucos ou bebados. Pluzzes chatos e faceis, armadilhas que matam automaticamente, inimigos invenciveis, escuridao inpenetravel e telas de loading que tomam mais tempo do que o jogo em si... Isso fora o tutorial obrigatorio e insuportavelmente enjoativo e a ausencia de menção aos controles basicos do jogo...
Resultado, se for para ver a maravilhosa Lara Croft (melhor no jogo do que no cinema, diga-se de passagem...), prefira ve-la com formas mais quadradas, nos jogos mais antigos, ou nos mais modernos. The Last Revelation eh uma decepção capaz de arrepiar os cabelos do fã mais ardoroso de Lara Croft...

4 de novembro de 2006

The Movies



The Movies (*****)

Jogos de adiministração costumam ser quase um lugar comum no mundo dos games. Os tradicionais "Sims", "Tycons" e similares normalmente se resumem a montar uma empresa lucrativa (parque de diversoes, zoologico, cidade...) e superar desafios financeiros. No entanto, com parcas excessões, esses games não costumam privilegiar a imaginação e a criatividade do jogador. Tudo resume-se a construir as intalações corretas na hora correta e no local correto.

The Movies é uma destas felizes excessões.

A Magia do Cinema

À primeira vista, The Movies parece ser apenas mais um jogo de adiministração, onde você deve construir um estúdio de cinema e lucrar com ele. Não deixa de ser verdade. Em The Movies você tem um pequeno (muito pequeno na minha opiniao) estúdio, e deve construir sets, escolas de cinema, centros de pós-produção, caixas d'agua, contratar zeladores, atores, diretores, roteiristas e fazer filmes para lucrar e ficar longe do vermelho no banco...

O jogo se inicia na criação do cinema, nos anos 1920. Inicialmente você só poderá dirigir alguns filmezinhos curtos, branco e preto e mudos, mas, conforme as décadas passam, novas tecnologias permitem a você criar verdadeiras obras primas, com direito a concorrer a oscar e tudo.

O que mais impressiona em The Movies é a interatividade. Se você gosta de jogos de adiministração, poderá jogar The Movies como um "Sim" ou "Tycon" da vida. Caso prefira exercitar sua criatividade, poderá criar seus próprios filmes.

A opção de criação de filmes é impressionante. Você pode escrever um script, selecionando a pose dos atores, interpretação, expressões faciais, ações e, com a expansão Stunts & Effects, até mesmo escolher o ângulo da câmera(!!!). Pode selecionar o figurino, modificar alguma cena na hora da filmagem, e até mesmo pós-produzir o filme, dublando os personagens e acrescentando efeitos sonoros, música de fundo e legendas.

Além de fazer filmes, o jogo consegue ser surpreendentemente complexo em algo que os simuladores mais antigos ignoravam, o elemento humano. Suas estrelas (atores e diretores) são personagens bastante complexos. Alguns são chatos, estressados, viciados (como não é um jogo da Rockstar, temos apenas alcolismo e vício em comida...hehehe), enquanto outros são simpáticos mas acabam ficando de mal humor de vez em quando...

A Sétima Arte

Não se pode dizer que The Movies tem falhas. Na verdade, tem coisas que poderiam ser acrescentadas (posssivelmente em futuros expansion packs). Falta, por exemplo, cenários medievais, cenas de luta de espadas e ciclo noite/dia. O tempo de jogo passa bastante rápido, o que faz com que o game pareça um pouco "curto" em comparação com um The Sims ou similar.

Outro pequeno problema é a duração dos filmes. Como atores e diretores costumam estressar em filmar muitas cenas, o filme mais longo que você pode produzir dificilmente passa dos 3 minutos. Por isso, nada de tentar filmar a versão extendida de Senhor dos Aneis (12 horas de duração!!!) com seu The Movies!!!