29 de fevereiro de 2012

Mass Effect 3 foi pro espaço!


Tá bom, empresas fazem de tudo pra divulgar seus produtos, mas a Bioware e a EA Games foram longe demais, literalmente...


Para divulgar o iminente Mass Effect 3, eles lançaram balões estratosféricos com cópias do jogo anexadas, incluindo miniaturas e brindes surpresa para quem encontrar. Infelizmente como alegria de pobre dura pouco, nenhum deles vai cair no Brasil nem em Portugal.


Os americanos, ingleses e alemães puderam entrar nessa caça ao tesouro voador, procurando o local onde os balões cairam. O primeiro a chegar ganhava o game e todas as bugingangas que estavam junto... Nos EUA ainda há um balão desaparecido (em Los Angeles) e na Alemanha um será lançado hoje, dia 29, sem previsão de quando vai cair... 


Além de ser um modo divertido de fazer propaganda do jogo, a EA Games vai entrar para o Guinness Book of Records como a primeira empresa de software a mandar um game para fora da atmosfera do planeta.


...eu é que não ia achar nem um pouco ruim cair um game novinho na minha cabeça...


Quem achou os balões também levou uma réplica da Normandy, a nave de Mass Effect, de graça!

Claro, aquele lá fora era só a capinha, o jogo mesmo foi protegido contra o frio e o vácuo do espaço...

No site oficial http://masseffect.com/space/ os sortudos puderam conferir em tempo real para onde os balões estavam indo... 

28 de fevereiro de 2012

Lei 170/06 - SOPA brasileiro?





As notícias sobre o SOPA (Stop Online Piracy Act), o PIPA (Protect IP Act) e o soturno ACTA tiraram o sono de muito internauta brasileiro. Mas ainda que fossem terríveis medidas, elas iriam prejudicar apenas endereços e usuários de internet nos EUA e na União Européia... ainda estavam longe das praias brasileiras...


Eis que os gamers tupiniquins agora acordaram com uma nova ameaça, um projeto de lei que atende pelo número 170/06, proposto por um tal senador Valdir Raupp, que pretende classificar como crime de racismo o ato de fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar jogos de videogames ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos".


Mas o que é isso?! Apocalipse Maia? O SOPA Brasileiro? Censura sobre jogos? 


Calma calma... vamos ver um pouco mais sobre essa polêmica.


Valdir Raupp - Corrupção sim, games não


"Corrupto, eu?"
Vamos começar dando uma olhada no nosso amigo Valdir Raupp, o cara que quer proibir games "ofensivos" aos costumes, tradições, cultos, credos, símbolos e etc. 


Valdir Raupp de Matos é filiado ao PMDB de Rondônia, foi prefeito da cidade de Rolim de Moura e governador do estado, é formado em Administração de Empresas, foi diretor do departamento de estradas de rodagem e presidiu a Associação de Municípios do Estado de Rondônia. Atualmente senador, ele tem um currículo que realmente o coloca longe de alguém que respeita os "costumes, tradições e etc". 


Atualmente ele é réu em ações penais movidas pelo Ministério Público por desvio de 167 milhões de dólares dos cofres públicos, é réu por peculato(crime contra administração pública), gestão fraudulenta, crime eleitoral e uso de documento falso. Em crimes eleitorais ele é recorrente, somando processos de 1998, 2006 e 2010... 


Para ajudar a perceber como ele é um político honesto, ele ainda foi condenado em três processos, um pelo Tribunal de Justiça de Rolim de Moura (crime fiscal), um pelo Tribunal de Justiça de Rondônia por desvio de dinheiro e outro pelo Tribunal de Justiça de Porto Velho. Nestes três ele teve de pagar fianças e devolver o dinheiro que levou do povo. 


Falando em "ofender" costumes (honestidade, idoneidade), tradições (gestão honesta de cargos públicos) e símbolos (não fraudar documentos oficiais), o nobre senador é bastante experiente...


Mas, vamos abandonar este nobre e honesto político (...NOT!) e dar uma olhada na lei que ele propõe...


O projeto 170/06 e a lei 7716


Antes que muita gente caia matando em cima do projeto por citar a palavra "videogame", vamos analizar melhor a proposta do honesto senador acima. O projeto de lei 170/06 pretende "Alterar o art. 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para incluir, entre os crimes nele previstos, o ato de fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar jogos de videogames ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos."


Vamos dar uma olhada na tal lei 7716 e o tal artigo 20. Para quem não sabe, a lei 7716, da época do governo Sarney (outro político famoso que talvez você conheça...), define os crimes resultantes de preconceito de raça (conceito antigo e racista, hoje em dia usamos o termo etnia) e cor de pele. Ampliada ao longo do tempo, a lei inclui também como crimes de preconceito a discriminação a religiões e procedências de outros países. É ela que assegura seu direito de frequentar qualquer loja, centro esportivo, parques de diversão, estabelecimentos comerciais, ser contratado em empresas privadas e prestar concursos públicos sem que ninguém te impeça por conta de sua cor de pele, crença religiosa ou país em que você nasceu. 


Bebedouro para brancos e negros separados nos EUA. A lei 7716 impede que coisas assim aconteçam no Brasil


O tal artigo 20 andou mudando bastante, mas já foi incluiu como crime de preconceito "Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito(...)". Hoje, mais amplo, ele considera como sendo crime "Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional"


Ou seja, na prática, os games já estão incluídos nesta lei e neste artigo. A proposta do nosso senador Raupp apenas especifica que videogames são sim um meio de comunicação social e expressão artística publicada, sendo portanto sujeitos às mesmas regras que já valem para livros, revistas, contos, poesias, filmes, músicas e etc. 


...E o meu game? Vai ser proibido?


Antes que se crie um clima de paranóia, saiba que a grande maioria dos jogos, incluindo games violentos como GTA, não se enquadram na lei 7716. Não se preocupe, games como Mass Effect 3, GTAV e Diablo 3 NÃO VÃO ser proibidos por esta lei. 


A esmagadora maioria dos jogos que você e eu jogamos se passa em universos fictícios. Até mesmo os baseados em fatos reais, como Assassins Creed e a série Total War, que usam enredos históricos, trazem a famosa advertência "Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência."


Ou seja, se em um game um personagem exibe ou induz o preconceito contra orcs, alienígenas, elfos ou mesmo uma tribo indígena fictícia ou um secto religioso que realmente existiu na Idade Média (como os templários de Assassins Creed), este não está ameaçando ou incitando o preconceito contra algo que existe. São personagens fictícios, ambientações fictícias, religiões, credos e raças fictícias, que não existem no mundo real e portanto não são sujeitos às leis brasileiras. Ponto. Crime contra orcs e aliens não é crime. 


Sabe que games serão proibidos por essa lei? Pérolas como Muslim Massacre, Ethnic Cleansing, Cluster's Revenge e talvez jogos como Rapelay cujo enredo envolve exploração sexual de mulheres e estupro. Não conhece esses jogos? Não está perdendo nada, games como Muslim Massacre e Ethnic Cleansing foram programados praticamente no fundo do quintal por grupos racistas americanos, são terrivelmente toscos e não oferecem nenhum desafio além de sair atirando em modelos quadradões toscos (e normalmente desarmados) de pessoas negras e muçulmanos respectivamente. 


As futuras vítimas da lei 7716. Já jogou algum deles? Não perca seu tempo, são péssimos mesmo...
...e os outros games?


Se o projeto de lei 170/06 for aprovado e games toscos como Ethnic Cleansing forem proibidos, praticamente ninguém sentirá a falta deles. Mas e jogos como Resident Evil 5, onde a maioria dos inimigos tem pele escura (pelo jogo se passar na África), ou games históricos como Shogun 2 Total War? Se é possível matar monges budistas guerreiros nesse game ele poderia ser considerado ofensivo à religião budista? 


Sacerdote de Age of Empires. Se eu matar ele,
 é uma ofensa à alguma religião?
De fato há esse risco, embora ele já exista sem a adição da palavra "videogame" na lei. Mas mesmo assim pode ficar sossegado, não haverá uma "caça às bruxas", muito menos pilhas de games sendo queimados em praça pública. Tudo por um motivo bem simples. Falta de grana. 


O Brasil simplesmente não tem dinheiro para contratar pessoas para ficar esmiuçando cada game que sai nas prateleiras a fim de encontrar conotações racistas ou discriminatórias. Ainda mais hoje, já que games como Skyrim são extremamente amplos e/ou contam com vários finais diferentes. Vai ver alguém grita alguma coisa racista naquele final alternativo número 200 que você só vê se pegar certo personagem com certo item no início do jogo, e mesmo assim só depois de ter terminado o game cinco vezes no nível hiper-hard nightmare...


Ou seja, se alguém se sentir ofendido por algum game, terá que apresentar uma denúncia à justiça, e então o fato será analizado. Ou seja, juizes que já levam um bom tempo para estudar e dar vereditos sobre uma conversa telefônica de dez minutos terão que ler toneladas de páginas de programação, diálogos gravados, assistir cenas e animações de um jogo para determinar se houve mesmo crime de racismo ou não. Até o jogo ser proibido, provavelmente ninguém mais estará jogando ele... Pense como iria afetar sua vida de gamer se hoje, em 2012, Resident Evil 4 fosse proibido por ser racista contra espanhóis... Pois é...


Baixei Ethnic Cleansing! E agora? Vou ver o sol nascer quadrado?


Claro, vez ou outra um jogo cria polêmica exatamente por ser ofensivo. Games como Postal, Carmageddom, Rapelay e até Mortal Kombat começaram sua fama desta forma. E claro, a curiosidade pode levar você a procurar esses jogos "controversos", seja para ver se são isso tudo mesmo (Mass Effect foi acusado de ter sexo explícito e estupro nos EUA... e não tem...) ou para descontar a raiva que você tem de certas pessoas e não pode (nem deve) extravasar na vida real. 




Embora a lei proíba fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar estes jogos, não é especificado ser crime jogar, obter gratuitamente, possuir ou fazer download deles. Como esses jogos são normalmente distribuídos online, sem custo, você não estará cometendo um crime por pegar um na internet (a não ser no caso de pegar em um site pirata, pois pirataria ainda é crime!). Mesmo comprar, dentro do Brasil, não é considerado crime, exceto para a loja que importou e estocou... 


E mesmo que a lei seja expandida para incluir o ato de jogar ou adquirir estes games, a polícia tem mais o que fazer do que sair de casa em casa examinando cada computador, HD externo e pen drive em busca de jogos. Me lembro da época em que games como Counter Strike, Carmaggedom, Requiem e outros foram proibidos pela Justiça, mas podiam ser encontrados à venda em qualquer loja de informática...


Mas por qual razão esse cara quer proibir jogos que ninguém joga?!


Ok, então a tal lei na verdade é uma coisa boa, e os jogos que serão proibidos são realmente ofensivos feitos por grupos de extrema direita nos EUA para causar controvérsia mesmo e quase ninguém joga eles... Mas por qual motivo o tal senador Valdir Raupp resolveu sair com essa agora?! Por acaso ele encontrou algum jogo onde o protagonista mata corruptos e se sentiu ofendido?! 


A verdade ninguém sabe, mas eu tenho uma teoria (que pode ser verdadeira ou não). Políticos em geral costumam usar uma estratégia muitas vezes chamada de "cortina de fumaça". Quando as coisas estão pretas para o lado deles e seu nome começa a ser associado a coisas que eles não gostariam, muitos procuram criar alguma situação escandalosa e polêmica para "distrair" o povo. 


Nero, Hitler, Bush e Raupp. Má fama?
Invista em um assunto polêmico!
Isso não é novidade. O imperador romano Nero, perdendo apoio por ter aumentado impostos, segundo alguns cronistas, mandou incendiar parte da cidade de Roma e colocou a culpa nos cristãos. Hitler também forjou um atentado terrorista comunista no Parlamento alemão quando começou a perder influência, e, mais recentemente George Bush foi catapultado de gestor ineficiente e quase retardado a herói nacional dos EUA quando invadiu o Afeganistão e o Iraque. 


Criar uma polêmica do nada simplesmente distrai o povo. Imagine se o senador Valdir Raupp vai querer ser sempre lembrado no Google e nos jornais como "aquele corrupto condenado três vezes e réu em um monte de escândalos de corrupção", muito melhor tirar da cartola uma lei (que na prática não muda nada) e que provoca polêmica por carregar a palavra "videogame" e de repente aparecer como um político preocupado que jogos induzam os brasileiros ao preconceito e a discriminação. 


Aos olhos de muita gente que nunca jogou um videogame, ele parece estar combatendo um apartheid, mesmo indo contra um meio de entretenimento popular entre os jovens. E quando procurarem o nome dele no Google durante as próximas eleições, as páginas e notícias falando de seus escândalos de corrupção estarão soterradas por matérias que lembram dele como o senador que propôs que games racistas fossem proibidos. 


Com o pânico dos gamers, já assustados com a ACTA, SOPA, PIPA e etc, um senador corrupto saltou, aos olhos do eleitorado, de mais um larápio a paladino da justiça, defensor dos jovens contra a ameaça do racismo. Mantenha a calma e continue se divertindo, mas anote o nome dele para não votar no mesmo sujeito nas próximas eleições...

26 de fevereiro de 2012

Jagged Alliance Back in Action (PC) ****


Se você jogava games de estratégia nos anos 90, com certeza há um espaço em seu coração reservado para Jagged Alliance. A série que já passou pelas mãos da Strategy First (Disciples, Soldiers at War) e de várias outras softwarehouses da época em que o Nintendo 64 ainda era o videogame do momento, deixou saudades com sua divertida mistura de ação, estratégia e RPG.

Eis que a Kalypso resolveu adquirir os direitos da série e criar um remake do jogo mais emblemático dela, Jagged Alliance 2. Se você jogou ele na época em que foi lançado (1999), irá sofrer de nostalgia a cada momento, com Back in Action trazendo os mercenários e locais deste jogo para o mundo de hoje. 

Back in Action e Jagged Alliance 2, saudades?
Para os que não conhecem, ou eram muito novos na época, Jagged Alliance é um game que mistura RPG, estratégia e ação, e, ao lado de X-COM criou um estilo próprio que foi seguido por outros excelentes jogos dos anos 90 (Fallout Brotherhood of Steel, Soldiers at War e Commandos). Aqui você controla o comandante de uma tropa mercenária contratado para dar fim à ditadura da autoproclamada Rainha Deidranna, que deu um golpe no monarca do pequeno e insignificante país de Arulco, uma "república das bananas" cujo único produto de exportação são os diamantes de suas minas. 

Com essa missão cabe a você contratar mercenários entre dezenas de opções, cada um com seu próprio equipamento, perícias, aptidões e dublagem. Cada mercenário tem seu preço e personalidade, o que influi bastante na hora de escolher quem levar para as missões. Prefere contratar apenas um mercenário experiente ou quatro iniciantes? Quer colocar mercenários que se odeiam no mesmo time e ver o moral de ambos cair ou prefere pagar mais e montar um time diferente? Prefere deixar mercenários machões com moral alto e colocar uma mulher no grupo, mesmo que ela fique com moral baixo?

Uma vez em campo o jogo aparece de uma perspectiva isométrica, muito semelhante ao antigo Jagged Alliance 2, com a diferença que ele é totalmente tridimensional e você pode rodar a câmera e dar zoom à vontade para ver melhor o ambiente e planejar sua estratégia.

Rambo? Você por aqui!?
Durante o jogo você pode dar pause a qualquer momento apertando barra de espaço e dar ordens aos mercenários, coordenando suas ações de forma que possam cercar um inimigo ou armar uma emboscada. Cada personagem tem sua utilidade, e enquanto uns são bons atiradores, outros são médicos ou especialistas em explosivos, ideais para dar suporte. Quanto mais usam suas habilidades, mais os mercenários ganham experiência e podem turbinar seus atributos, se tornando mais rápidos, fortes ou habilidosos.

Embora o jogo seja bastante desafiador, o tutorial de Jagged Alliance Back to Action é muito bom e dá uma  boa noção de como comandar seus soldados. Em pouco tempo você já estará atuando com perfeição atrás das linhas inimigas.

Graficamente, Back in Action tem altos e baixos. A maior parte do jogo é bem satisfatória, com cenários grandes e detalhados, mais ou menos no estilo de jogos de estratégia e administração como Tropico. Os menus e principalmente os rostos dos personagens e suas animações deixam bastante a desejar, sendo tão toscos que parecem ter vindo direto de 1999, sem qualquer atualização.

Os efeitos de luz são bons mas não impressionam muito. Camuflagem faz bastante diferença dependendo da hora do dia e de como a luz está batendo no terreno, mas não há reflexos dinâmicos de iluminação e o sombreamento dos personagens é bem capenga.

"Cuidado, cara, a cozinha tá meio interditada..."
Por outro lado, a dublagem é muito boa. Cada mercenário tem uma voz diferente, modos de falar e frases diferentes de acordo com a situação e quem está no jogo. Há personagens com sotaque engraçado, moças com voz sedutora, bate-bocas entre mercenários e piadinhas contadas aqui e ali com excelente dublagem.

A trilha sonora é bem divertida e os efeitos (incluindo os tiros das armas) convencem bastante, embora não sejam lá tão memoráveis.

Falando em piadinhas, há muita coisa divertida escondida ao longo do jogo, do nome das armas (ligeiramente modificados para não precisar pagar royalities às empresas) à revistas que você acha pelo cenário e particularidades de cada mercenário.

Se você gosta de estratégia e estava a muitos anos sem ver um bom game neste estilo ou se tem saudades dos anos 90, Jagged Alliance Back in Action é um excelente jogo. Vamos esperar que ele venda bem e que a Kalypso decida dar continuidade à série...



23 de fevereiro de 2012

Dead Rising 2 - Off the Record (PC, Xbox360, PS3) (****)


Quando Dead Rising 2 saiu, em 2010, muita gente se divertiu com a atmosfera bizarra e engraçada desse apocalipse zumbi capaz de mesclar drama, comédia e muita violência em um único jogo. Com seus vários finais diferentes, inimigos perigosos, armas improvisadas e sobreviventes para resgatar, este jogo se manteve firme por mais uns dois anos. 

No entanto, o primeiro Dead Rising havia passado meio em branco, principalmente por ser exclusivo para Xbox, deixando os usuários do console da Sony e do PC fora do jogo. Para remediar isso (e ganhar uns trocados a mais), a Capcom lançou Off the Record, uma expansão para Dead Rising 2 trazendo o irreverente Frank West, repórter fanfarrão do primeiro jogo. 

Enquanto rolava muito mimimi sobre Off the Record ser apenas Dead Rising 2 com outra skin de personagem, fomos tirar a prova e matar alguns zumbis...

Frank West não é apenas um rostinho bonito!

Que fique claro, Off the Record é uma expansão, não um "Dead Rising 3", portanto não espere muita novidade, gráficos melhores ou um novo enredo. Ainda é o bom e velho Dead Rising 2, com os mesmos cassinos e shopping centers de Fortune City.

O lado bom é que, uma vez que o principal já estava pronto (inimigos, gráficos, enredo, som...), a Capcom teve bastante tempo livre para se dedicar ao personagem. Jogar com Frank é realmente ver o quebra-pau de Fortune City por outros olhos. O personagem é mais sarcástico e irônico do que Chuck Greene, protagonista do Dead Rising 2, e suas reações aos mesmos acontecimentos realmente o marcam como um sujeito único e diferente.

Enquanto Chuck estava preocupado em salvar sua filha e limpar seu nome, Frank, como todo repórter, adora um quebra-pau, e quer conseguir as melhores fotos e investigar os acontecimentos para decolar sua carreira, e quanto mais bizarro e perigoso o ambiente, mais ele se diverte.

Repórteres adoram ver o circo pegar fogo... ou topeiras mutantes tomarem vasos de plantas na cabeça...

Fisicamente Frank é bem mais gordo e lento do que Chuck, obrigando ao jogador adotar táticas um pouco diferentes e procurar caminhos menos perigosos. Ao mesmo tempo, ele possúi uma câmera fotográfica que ele pode ser usada para tirar retratos de outros personagens e do ambiente. Quanto mais elementos estiverem em cena, mais experiência (PPs) você ganha. Cada tipo de foto tem um "estilo", e mesclar estilos aumenta ainda mais seus PPs, tire foto de zumbis e será uma foto de "terror", mire no decote de personagens femininas para fotos "eróticas" ou em cenas de carnificina para imagens de "brutalidade".

Além do novo protagonista, Off the Record trás várias melhorias no jogo original. A melhor foi balancear os psicopatas que apareciam no Dead Rising 2. Normalmente eles eram extremamente fortes, rápidos e resistentes, praticamente impossíveis de matar em nível baixo, e mesmo em níveis altos levavam muito tempo e gastavam muitos recursos. Em Off the Record eles continuam desafiadores (e vão te matar uma ou duas vezes antes que você dê cabo deles), mas são mais "enfrentáveis" em níveis mais baixos.

Digam "X"!!!

Além de balancear melhor os psicopatas, Off the Record ainda trás mais armas improvisadas e um espaço totalmente novo, um parque de diversões espacial, com direito a zumbis vestidos de extraterrestres, novos objetos para serem usados como armas e itens.

Duas boas adições são um modo Sandbox, onde vc pode se divertir matando zumbi e resgatando sobreviventes sem se preocupar com o tempo e a narrativa principal, e um modo cooperativo, onde um jogador encarna Chuck Greene e outro Frank West para descer o sarrafo nos zumbis.

Caso jogue no modo singleplayer, Chuck faz uma participação especial como psicopata, e pedaços da filha dele podem ser encontrados logo no começo do game.

Como um todo, Off the Record cumpre seu papel como expanção, trás mais diversão para Dead Rising 2, uma nova narrativa principal, novas áreas, novos itens e armas e modos de jogo. Uma falta importante foi a dos painéis e posters da revista Playboy, que apareciam em todo canto no jogo original e sumiram na expansão. Pelo visto parece que o Hugh Hefner não quis patrocinar o Frank West nesta expansão...


16 de fevereiro de 2012

Saints Row The Third (PC, Xbox360, PS3) ****


A Rockstar fez sucesso com GTA III e, meio que sem querer querendo, criou um novo estilo de jogo, com mundos abertos, milhares de veículos para serem furtados, dezenas de armas diferentes, policiais te perseguindo o tempo todo e muita violência em cidades enormes e maravilhosamente reproduzidas, com rádios tocando música nos carros e lojas onde você poderia personalizar seu personagem. 

Saints Row III (e os games anteriores da série) bebem na mesma fonte que a série GTA, sendo pouco diferentes de GTAIV no que diz respeito a controles ou jogabilidade em geral. Aqui você vê seu personagem da mesma forma que no game da Rockstar, rouba veículos do mesmo modo, cumpre missões e dirige por uma vasta cidade fugindo da polícia e das forças da lei. 

O grande desafio da Volution e da THQ era dar a Saints Row 3 um diferencial, que tornasse o game algo novo e não apenas mais um "jogo estilo GTA". E eles foram muito, muito bem sucedidos. 

Não é mais um GTA...
Se a série GTA procurava de manter mais ou menos com o pé no chão em relação a suas cidades, tentando reproduzir os anos 80 ou 90 nos mínimos detalhes, Saints Row III chuta o pau da barraca sem dó nem piedade. Aqui a coisa descamba para o absurdo a ponto de fazer o mundo de Destroy All Humans parecer normal. 

Neste jogo você cria um personagem da gangue Saints Row. Tudo começa quando a gangue resolve assaltar um banco usando disfarces absurdos (cabeças gigantes infláveis com a cara do líder dela...) e levando um ator pra lá de picareta junto. Tudo dá errado (como já era de se esperar, uma vez que o "assalto" envolvia levar um andar inteiro do banco embora de helicóptero!) e você acaba preso. Da cadeia você é levado pelo chefe de uma máfia rival (e dono do banco) a um grande avião para ser morto... e dai para a frente a coisa só piora. 

Logo na abertura dá para ver que Saints Row 3 não se leva a sério. A abertura estilo Star Wars é só o começo de uma longa jornada que inclúi um prostíbulo sadomasoquista, zumbis, lutadores de luta livre, emos nerds, freiras vingadoras, vampiros, clones e o exército americano usando armas laser e um porta aviões futurista para combater as gangues da cidade. 

... e homens-cachorro quente!
Toda a narrativa gira em torno do mundo nonsense onde a gangue tenta se erguer depois de ter que mudar de cidade. Apesar de extremamente violento (um mundo onde um reality show que colocam pessoas para se matar com armas de fogo, munição real e armadilhas envolvendo lança-chamas se diz "super ético"), o mundo de Saints Row é engraçado, cativante e muito, muito divertido. 

Diversão inclusive é algo que este jogo tem de sobra. As missões vãos dos tradicionais "levar fulano até o ponto tal" a insanidades como dirigir com um tigre do seu lado de dando patadas ou uma hilária perseguição a charretes puxadas por escravos masoquistas. 

Outro ponto positivo é que, se você gostou de alguma missão (como a divertida "Fraude de Seguro" onde você tem que ser atropelado o máximo de vezes possível no mínimo de tempo), poderá repetí-la em outro ponto do mapa com dificuldade maior. Além disso há sempre conglomerados de inimigos para serem assassinados, lojas para serem compradas, carros para serem roubados e tunados e alvos para serem assassinados. 

O programa de criação de personagem, que tinha sido disponibilizado antes pela THQ na rede Steam, é bem divertido e dá para criar muita coisa bizarra lá. Há alguns problemas, como o fato de você só conseguir fazer personagens musculosos (variam entre musculosos com barriga, musculosos magrelos e musculosos anabolizados) e o exceço de roupas similares, mas nada que atrapalhe muito sua diversão. 

Cidade estranha com gente esquisita...

Em geral as missões são bem feitas e divertidas de se jogar, com a vantagem que há savepoints entre os objetivos, de forma que se você morrer quase terminando a missão, não terá que retornar desde o começo.

Os gráficos são bem feitos, com boas texturas e efeitos de iluminação, embora as cores sejam mais "berrantes" do que o necessário. Cada parte da cidade e cada gangue tem uma identidade visual bem determinada e criativa, indo de lutadores mexicanos mascarados a emo/góticos/nerd/otakus. Há armas das mais estranhas também, incluindo mosquetes que atraem tubarões (que escavam por debaixo do chão!), luvas de borracha que explodem o alvo, enormes vibradores de borracha e controles remotos de comandar veículos à distância.

A trilha sonora é bem divertida e inclúi estações de rádio que tocam hip hop, metal, música pop dos anos 80 e outras. As armas soam realistas e as dublagens foram bem produzidas com destaque para o ator Burt Reynolds (de Striptease e Boogie Nights) e a atriz pornô Sasha Grey.

Freiras vingadoras e suas motocas envenenadas! 





















A jogabilidade é tão parecida com GTA IV que até inclui alguns de seus problemas, como o fato dos personagens "derraparem" quando andam (o que atrapalha muito dependendo do lugar) e a péssima detecção de colisão. Passar com uma moto entre dois carros é praticamente impossível, mesmo tendo espaço para mais duas motos de cada lado, o jogo sempre detecta uma colisão e faz sua moto (e os carros) voarem longe).

Da mesma forma muitas vezes seus golpes ou tiros passam "através" de um personagem sem que o jogo detecte que ele foi afetado. Não chega a atrapalhar muito, uma vez que em Saints Row você é bem mais resistente do que Niko Belic de GTAIV, mas alguns beta tests podiam ter resolvido esses probleminhas.

No frigir dos ovos, Saints Row 3 é um jogo extremamente divertido, bizarro e insano que vai te fazer chorar de rir enquanto explode postos de gasolina ou bate em zumbis com vibradores gigantes.



14 de fevereiro de 2012

Cartões de Valentine's Day de Skyrim

Embora Brasil e (segundo a Wikipédia, não tenho certeza) Portugal comemorem o dia dos namorados em 12 de Junho (véspera do dia de Santo Antônio), muitos outros países comemoram um dia para os casais apaixonados e para o sofrimento dos forever alones  em 14 de Fevereiro, dia de São Valentin (Valentino).

Como é costume o pessoal enviar cartões apaixonados para suas "caras metades", uma ilustradora chamada Jemma Salume resolveu dar um toque "nerd" em seus cartões com algumas piadas e frases de Skyrim. O resultado, ao mesmo tempo divertido e romântico, você confere aqui.

Se gostar de algum, basta clicar em cima, imprimir e enviar para seu(sua) amado(a).