10 de março de 2007

Red Alert 2


Red Alert 2 (***)

No início dos anos 90, o game Command & Conquer revolucionou o mundo dos games ao trazer uma das melhores séries de RTS da história. O jogo tinha como enredo a luta entre a GDI (Global Defense Initiative, Iniciativa de Defesa Global),

grupo armado comandado pelos EUA, contra a NOD, terroristas que tentavam se apossar de uma nova fonte de energia (qualquer semelhança com o mundo de hoje é mera coincidência...eheheheh), o Tiberium, um mineral alienígena que se reproduzia como plantas e era altamente radioativo. A série Command & Conquer se desdobrou em outra série, Red Alert, que conta no enredo uma "realidade alternativa", onde Albert Einstein inventou uma máquina do tempo e voltou ao passado, impedindo Hitler de se tornar Fuher do III Reich e assim impedindo a II Guerra Mundial. Acontece que sem o Reich, União Soviética e EUA não tardaram a declarar guerra um ao outro. E é nesta "guerra fria quente" que segue a série Red Alert.

Alerta Vermelho

O primeiro Red Alert mostrava o avanço da União Soviética sobre a Europa e a tentativa dos países capitalistas europeus, em união com os Estados Unidos, de impedir que o continente inteiro fosse conquistado por Stalin. Em Red Alert 2 Stalin está morto a muito tempo. O game se passa no final dos anos 90, quando a URSS resolveu levar a guerra para o quintal dos EUA.

Graficamente o game é fraco, com praticamente os mesmos gráficos de Tiberium Sun, ligeiramente melhorados. O que por um lado é ruim, por outro é bom, pois faz com que Red Alert 2 possa ser jogado em computadores mais antigos.

A interface continua a mesma clássica da série. Há a barra lateral com a quantidade de dinheiro (ainda não temos Tiberium em Red Alert...), as unidades, construções... tudo o que está ali desde o primeiro Command & Conquer.

Há novas possibilidades de estratégia, os soldados podem entrar em construções como prédios e casas e proteger-se dentro delas. Há muitas unidades com habilidades especiais, normalmente ativadas quando se clica em cima delas (ou em um botão na barra inferior do HUD), como se entrincheirar atrás de sacos de areia, irradiar o terreno a sua volta...

Também estão lá as cutscenes que fizeram a fama da série Command & Conquer. Os filmes, feitos com pessoas reais, mostram alguns dos personagens do game, passam as missões e trazem a ação do jogo para atores de verdade.

Mais do mesmo...

Red Alert 2 não tem muita inovação, é o bom e velho Command & Conquer, com gráficos melhores (mas não muito) do que o original de mais de 10 anos atrás. Na verdade, Red Alert 2 tem alguns fortes pontos negativos.

Primeiro é o tratamente humorístico dado aos personagens nas cutscenes. Tanto o presidente dos EUA como o líder soviético são mostrados como idiotas, capazes das maiores palhaçadas. O general americano é vítima de um terrorista tão tosco que chega a ser engraçado. Yuri, o personagem mau que deveria substituir Kane, não tem o carisma do líder da NOD (e amigo do Stalin! O cara eh eterno!), e parece um pouco afetado. De fato, as cutscenes acabam sendo dominadas pelas belíssimas mulheres do game, aparentemente todos os personagens masculinos são idiotas ou apatetados... Nada comparado ao primeiro Red Alert, que trazia um Stalin quase tão perfeito quanto o real, além do vilão ìcone da série, Kane, e um Einstein pelo menos 10 quilos mais magro...

As fases também tem problemas. A maioria é fácil demais, sendo facilmente vencida pelo exército com maior número de soldados. Há pouco desafio mesmo no nível difícil. Enquanto Red Alert original e os Command & Conquer anteriores tinham fases extremamente estratégicas, esse se resume a montar uma base, criar o máximo possível de unidades e esmagar os inimigos...

Se você gosta de Command & Conquer, jogou Red Alert e não se importa em ver uma versão "casseta & planeta" do game anterior, pode até se divertir por algumas horas, mas fica o aviso de que Red Alert 2 não é nenhuma obra prima.

3 de março de 2007

Mortal Kombat Deception



Mortal Kombat: Deception (*)
No início dos anos 90, os arcades de jogos de luta eram dominados pela Capcom, com seu Street Fighter. Para desafiar este domínio, surgiu o primeiro Mortal Kombat. A série logo fez sucesso e caiu nas graças do público. Se Street Fighter tinha gráficos de desenho animado e enredo leve (guerreiros de todo o mundo combatem o império do crime Shandaloo), Mortal Kombat investiu em um clima mais adulto, com gráficos realistas (os lutadortes eram atores filmados e digitalizados no videogame), muito sangue, os famosos Fatalitys (modos extremamente violentos de se acabar com os inimigos) e um enredo pesado, envolvendo torneios de artes marciais contra seres de uma dimensão demoníaca que desejavam dominar a Terra (no início dos anos 90 isso era um enredo pesado... hehehehehhe).

A série já teve altos e baixos. Os altos foram muito altos, e os baixos foram estupidamente baixos. O sucesso do primeiro jogo trouxe mais dois excelentes games, o Mortal Kombat II e III entraram para a história com personagens carismáticos (Baraka, Shao Khan, Kano, Jax...), novos Brutalitys, Animalitys e Fatalitys locais (todos formas extremamente violentas de se eliminar os inimigos), além de trazer cenários que mudavam ao longo do jogo (você podia derrubar o inimigo de um prédio e continuar a luta na rua....).
Logo depois veio o Ultimate Mortal Kombat, que de "Ultimate" não tinha nada. Logo foi seguido pela bomba Mortal Kombat 4. O 4 tentou introduzir comédia em um game que sempre (ou quase sempre) primou pelo realismo e a violência. O modo 3D também era fraco demais, e a idéia dos personagens usarem armas tirou um pouco da graça original do MK...
Outros jogos ruins se seguiram, como o Mortal Kombat Mitologies: Sub Zero, um game de aventura 2D extremamente difícil, pois usava os movimentos do game de luta (tente pular em plataformas apertando direcional pra cima ao invés de um botão comum e depois diga q foi fácil!). Outro game de aventura trouxe Jax em 3D, mas era tão ruim que os fãs de Mortal Kombat nem querem se lembrar dele....
Mortal Kombat Deadly Alliance insistiu no mal feito e trouxe no enredo personagens pouquíssimo carismáticos que haviam surgido no Mortal Kombat 4. Ao invés de trazer de volta os ìcones do game, como Shao Khan e Goro, preferiu o patético necromante do jogo anterior em conjunto com Shang Tsung, o chefe final do primeiro MK (cá pra nós, a maioria das pessoas lembram mais do gigante Goro, que era realmente difícil de matar, do que do "velhindo que se transforma", que era fraco e fácil...). O game trouxe algumas boas idéias que não funcionaram muito bem, como um game de aventura chamado Konquest.

No dia que comprei o game, um amigo atentou para o título, que já anunciava que o jogo era uma decepção. Realmente, Mortal Kombat Deception é um poço de idéias mais ou menos boas, mas nenhuma funciona.
O modo "Kombat", o tradicional jogo de luta, surpreende pela quantidade minúscula de personagens à disposição. Entre eles há veterando como Kabal e Baraka, e, é lógico, os sempre presentes Scorpion e Sub Zero. Há caras novos que parecem legais, como o mané de amarelo (pensei até que fosse amigo do Scorpion...), e aberrações idiotas e ridículas, como o gordão Bo'Rai' Cho (cá pra nós, "borracho" é bêbado em espanhol! q nome tosco!). Há vários personagens "à liberar", e se não me engano na versão pra Game Cube ow X-box tem também Goro e Shao Khan (O QUE??? QUE DISCRIMINAÇÃO COM O PS2!!!).
Os oponentes também são poucos, e a maioria é gente que você podia escolher no menu. Mas é ai que vem o problema deste modo: O grau de dificuldade é muito desproporcional. Os primeiros lutadores dá pra matar de "Perfect" (sem ser atingido nenhuma vez) facilmente. O sub chefe (Noob Saibot e Smoke, ao mesmo tempo!) dá um certo trabalho, mas o chefe final é absurdamente difícil comparado ao sub-chefe. Enquanto Shao Khan e outros chefes dependiam de estratégia para serem vencidos, esse dragão ridículo simplesmente não dá brecha. Para começar ele é enorme, atinge a arena toda praticamente sem precisar de mover. Sua barra de vida é muito maior do que a do seu personagem (ele toma bem menos dano), é imune à agarramento, ao congelamento do Sub Zero, à corda do Scorpion, e à maioria dos poderes dos lutadores, além do fato dos controles serem lentos e o chefe ficar se gabando antes, durante e depois da luta (detalhe, a arena não tem platéia, o idiota fica se gabando pra quem? pro jogador? será que o pessoal da Midway pensou que alguém ia gostar do chefão se ele ficasse fazendo pose de lutador de vale tudo? francamente...).
Além do modo de luta, há também um xadrez (muito longo, enjoativo e chato), um tetris (ridiculo, se eu quiser jogar tetris eu ponho o cd de tetris, ora essa...) e o modo Konquest.
O modo Konquest é animador, você controla um dos personagens (Sujinko) desde a infância, viaja por todos os mundos do Mortal Kombat e depois o personagem é liberado no modo de luta.O início da game támbém é legal, com uma paisagem bonita, personagens conhecidos, quests divertidas... Mas ai vem os dois maiores problemas do game. Um: não há um modo de se ver quais quests foram completadas, quais foram aceitas... Ou seja, se você pegar muitas quests de uma vez, vai se esquecer quais possui...
Problema numero dois: Para avançar no game você tem que cumprir o ridículo tutorial dado pelo Bo'Rai'Cho. Além do básico, ele te ensina uns combos idiotas e chega em uma parte na qual não tem como passar (pelo menos na versão para PS2 que foi avaliada). Ele manda dar um combo apertando "bola", "triângulo", "quadrado" e "L1", mas quando você aperta, não acontece nada.... Simplesmente não há como passar pro resto do game... Os programadores passaram meses programando diversos cenários e um bug desses simplesmente não permite prosseguir no jogo....
A parte mais divertida diz respeito a uma novidade que começou em Deadly Aliance, a "Kripta" (The Kript no original). O cenário é um cemitério gigante e muito tétrico (gritos de fundo, gente que passa correndo e se escondendo atrás das lápides... a parte mais bem feita do game, passa o clima dos primeiros Mortal Kombat) , e, com "moedas", conseguidas quando se vence lutadores no modo Kombat ou quando se explora no modo Konquest, pode-se "comprar" caixões. Cada caixão tem uma surpresa dentro, entre elas estão filmes, traillers, fotos da equipe de produção do game, desenhos originais dos personagens, personagens novos e por ai vai. Algumas covas podem ser compradas apenas com chaves ganhas no modo Konquest, mas ainda assim há muitas surpresas na "Kripta", para quem é fan de Mortal Kombat então, é um prato cheio.
Por fim, Deception é mesmo uma decepção. De boas idéias o inferno está cheio. Embora os programadores tenham sido criativos, a maioria das novidades tem problemas sérios. Não chega ao nível de MK4, mas também não é dos melhores.

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A resenha sobre Mortal Kombat Deception tem inflamado os ânimos no Orkut, sobretudo na comunidade "Mortal Kombat BR", onde foi duramente criticada por usuários que sabem muito sobre o game em questão mas parecem ser muito tímidos para expor seu conhecimento no Blog da Resenha.
Em respeito aos leitores do Blog, e em vista do vasto conhecimento sobre a série MK que estes usuários do Orkut possuem, me vi na necessidade de postar por eles algumas correções no texto acima.
O usuário do Orkut com nick Joxolthkhanurs aponta que:
Novidades trazidas pelo Mortal Kombat Ultimate não destacadas na resenha :
1-Combos que podem ser feitos a partir de um chute em pé ou um soco no ar .
2- Personagens novos e alguns resgatados : 2 sub zeros ( classico e aquele imbecil sem mascara ) , human smoke , jade , mileena , smoke robo como personagem normal , ermac ( quantos que ja viram o bug do ermac no mk 1 que não ficaram de boca aberta qaundo souberam que ele era jogavel na versão de arcade , e depois ele ficou como personagem normal nas versões caseiras ) , e na versão de snes e mega drive rain e noob saibot ( outro personagem que quem enfrentou no mk2 ou mk3 estva louco para poder jogar com ele ) .
3- bugs , milhares de bugs , qualquer jogador curte ver umas bizarrices durante o jogo .
4- modo 2x2 , e muito foda vc pegar seus 2 melhores ou mesmo 2 do seu melhor char e sentar a mão em alguem .
Sobre mk mythologies : conta o inicio de mk , antes do primeiro torneio , fã que fã sabe a importancia desse jogo.
Sobre mk4 : tirando a historia , o jogo e um lixo
Sobre mk especial forces : esse sim e uma porcaria , ate pior que mk4 .
Segundo suas fontes , ULTIMATE MORTAL KOMBAT 3 DO X-BOX FOI ELEITO O MELHOR JOGO DO ANO PASSADO , portanto e um jogasso que nunca sera esquecido , ao contrario desse monte de porcaria que tem saido para os jogadores da geração meia boca ( meia boca por que aceitam qualquer m****, se deleitarem com graficos bonitos , historia pobre , jogabilidade pessima e diversão nula .Só mais umas coisa a acrescentar : umk3 tmb conta com a volta de scorpion ,reptile e kitana .Mk3 trouxe o mercy e o animality ( eu não curto mas e melhor que babality e friendship )Umk3 trouxe um novo tipo de finalização : o brutality , esse sim é otimo , uma baita sequencia de botoes que enchem o kra de porrada de depois o faz explodir ( um tanto exagerado no mk trilogy , ja que aparecem 3 pernas , 4 cranios e etc ).
Esse negocio de armas no mk4 e nos mks e meio estranho , fica parecendo soul calibur ( que e um otimo jogo , mas armas não combinam com mk ) e o esquema de lutas lembra muito blood roar ( que tmb e um otimo jogo , mas mk nao e somente uma brincadeira de socar botoes ) , ou vão me dizer que os jogadores de mk so sabem bater , nao sabem pensar um pouco no que fazer pra se livrar de alguma pressão ou combo ?

O usuário de Orkut de nickname Matheus também resaltou:
Erros do Blog:Chamou Noob Saibot de Noob Sabout
Chamou Sujinko de Shijinko.
Falou queoo UMK3 não trouce nada de novo
Além de falar que a produtora do game é uma tal de "Komani".

De fato, ai vai uma "mea-culpa". De fato, a Midway assina toda a série Mortal Kombat, desde o primeiro.
Os erros de digitação dos nomes de Noob Saibot e Sujinko já foram corrigidos, assim como o que diz respeito ao Ultimate Mortal Kombat. Não se esqueça, se você também viu alguma falha ou erro em alguma resenha, poste um comentário e o erro será corrigido.