26 de outubro de 2006

Half Life



Half Life (****)

Quando Half Life surgiu, o mercado de shooters era dominado pelos veteranos como Quake e pelas novas promessas como Unreal. Em meio a shooters de tematica alienigena, Half Life logo se destacou como uns dos melhores games do genero.

A Invasao
O grande merito de Half Life é misturar RPG e shooter. Enquanto a maioria dos outros games do genero se resumem a explorar labirintos e debulhar monstros, este jogo traz um enredo envolvente, do qual o jogador participa ativamente, assim como personagens cativantes e grandes possibilidades estrategicas.
No enredo do game, você vive Morgan Freeman, um cientista que participa de um experimento com o objetivo de abrir portais interdimensionais. Como em todo game e filme que se preze, o experimento da errado, e tem inicio uma invasao extraterrestre...
Durante o jogo, você participa ativamente do enredo. Ao inves de ver as açoes do personagem apenas em cutscenes, em Half Life você faz tudo em tempo real, de pegar carona em bonde a falar com personagens secundarios...
Alem do elemento RPGistico, este game tambem eh um shooter competente, com muitas armas (terrestres e alienigenas), inimigos, instalaçoes labirinticas, armadilhas e pluzzes. Você tambem tem a possibilidade de usar armamento fixo, como metralhadoras e canhoes, o que garante cenas de explosao grandiosas.
Outro ponto favoravel a Half Life é o fato de que suas fases e inimigos foram construidos de forma cinematografica. Muitos monstros e inimigos ficam semi-ocultos, assim como há fases onde é nescessario esconder-se em locais abertos, tudo muito semelhante a filmes de Hollywood.
Freeman must die!
Half Life tem muitos pontos bons, mas tem algumas falhas tambem. Embora divertido e com muitas expansoes, o modo Single Player é muito rápido, podendo-se terminar o game em pouco tempo.
Há outro problema em Half Life, este relativo à diferença entre os inimigos. Alguns encontrados logo no inicio do jogo são fortes e letais demais, podendo matar com um unico ataque, enquanto alguns chefes de fase são praticamente inofensivos.
O excesso de "RPGismo" no game tambem atrapalha. Muitas vezes, sobretudo no inicio do game, é comum ficar sem saber o que fazer, e sem nenhuma pista de para onde ir ou do que fazer para progredir no jogo...
No mais, Half Life é um otimo jogo, principalmente as expansoes multiplayer, sobretudo o famoso Conter Strike. Alguns deslizes são perdoaveis, mas no geral, Half Life vale a pena...

18 de outubro de 2006

Return to Castle Wolfenstein


Return to Castle Wolfenstein (****)

Wolfenstein é um nome conhecido entre os gamemaniacos. Ele é o nome do primeiro shooter de primeira pessoa, criado no inicio dos anos 90. Antes de Wolfenstein 3D, os games de PC se resumiam a jogos de plataforma, como Prince of the Persia, e esportes, como games de ping pong.
A revolução de Wolfenstein 3D foi incluir o jogador na ação, colocando na tela a perspectiva do personagem. Além de lançar o gênero "shooter", este jogo tambem foi um dos primeiros a abordar a Segunda Guerra Mundial.
No inicio do século XXI, foi lançado Return to Castle Wolfenstein, uma continuação do jogo original, trazendo todo o clima de saudosimo do pioneiro...

Para Bellum...

Wolfenstein 3D não é mais um shooter generico de Secunda Guerra Mundial. Longe do campo de batalha do "Dia D", Berlim e Stalingrado, ele explora outra faceta mais intrigante do conflito que mudou o seculo XX.
Hitler e os altos oficiais do III Reich eram assumidamente interessados por ocultismo. Durante a guerra a alemanha nazista enviou varios arqueologos para recuperar reliquias "magicas", fatos que inspiraram os filmes do Indiana Jones e Hellboy (assim como os HQs). Em Return to Castle Wolfenstein, os nazistas encontraram sepultado um heroi mitico do passado, um necromante morto-vivo poderoso, e decidiram tentar acorda-lo para ajudar as tropas do Reich.
O personagem do jogador é um soldado especialista em infiltrações, que descobre a trama e tenta impedir os "nazi-ocultistas" de realizarem seu intento.
O enredo é bem construido, dando um sensaçao de Indiana Jones com armas de fogo. Há muitos locais a se explorar, inimigos a destruir e segredos sombrios a descobrir. O clima "dark" do jogo tambem é digno de nota, proporcionando bons sustos e um clima de paranoia constante.
A IA tambem é boa, os inimigos armam emboscadas e são avisados por alarmes, o que significa que se você não tiver cuidado onde pisa pode arranjar confusao rapidamente.
O que realmente impressiona neste game são os gráficos. Tudo é muito bem cuidado, com atenção especial para efeitos de luz e sombra, principalmente quando se usa um lança-chamas.
Sombras da escuridao
Return to Castle Wolfenstein é um game excelente, acima da média. No entanto, há certos pontos fracos no game.
O dito castelo Wolfenstein é muito pequeno, e só aparece em duas fases ao longo de quase 30, o que chega a ser uma certa propagenda enganosa. Quem jogou o Wolfenstein original ficará decepcionado com o castelo Wolfenstein deste game.
Outro problema que não chega a atrapalhar o jogo é a falta de possibilidade de se usar veículos. Ao contrário de Battlefield 1942, aqui não se pega nem jipe. O máximo que se consegue é pilotar um jato nas cutscenes.
Algumas fases tem problemas técnicos. Uma delas, por exemplo, é muito escura, sendo que você não dispõe de lanterna ou visão no escuro (exceto pela mira de uma das armas, que também não dá boa visibilidade, é trocar uma tela preta por uma verde...). Além de ser impossível ver qualquer coisa na fase (é simplesmente uma tela preta), há vários abismos pelo cenário, e os inimigos podem enxergar perfeitamente....
O principal problema deste game, no entanto, é a praticamente necessidade de se usar cheats (manhas, trapaças) nos chefes de fase e em alguns inimigos. O chefe final é simplesmente impossivel de se derrotar sem estar imortal e com todas as armas com munição máxima.
Concluindo, Return to Castle Wolfenstein é um excelente shooter de primeira pessoa. Arme-se de todos os cheats que puder, use-os nos chefes e aproveite o game...

16 de outubro de 2006

Battlefield 1942


Battlefield 1942 (****)

A virada do século e os anos que se seguiram trouxeram uma enxurrada de games baseados na II Guerra Mundial. Jogos das mais diferentes qualidades invadiram os PCs de todo o mundo, e a

febre das LanHouses e CyberCafes fez os jogos para multiplayer se tornarem populares em todo o mundo.

Jogos de guerra

Battlefield talvez seja o game que melhor alia realismo, fidelidade histórica e jogabilidade. Feito com ênfase no modo Multiplayer, Battlefield 1942 é um jogo bastante realista.

Um dos pontos que mais chama a atenção neste game é a possibilidade de utilizar qualquer veículo. Em meio às batalhas, é possível utilizar aviões, navios, submarinos, jipes, tanques de guerra, APCs... além de metralhadoras fixas e canhões anti-aéreos.

Outro ponto favorável é o realismo. Não há "rambos" em Battlefield 1942. Por melhor que seja o jogador, um ou dois tiros são o suficiente para manda-lo desta para melhor, e se não houver estratégia e trabalho em equipe não haverá muito futuro para seu personagem...

A jogabilidade foi feita com o intuito de melhorar o jogo Multiplayer. Quando você morre, não precisa esperar o fim da partida, como em Conter Strike, pois em alguns segundos você será recolocado em combate. Os mapas possuem "pontos estratégicos" assinalados por bandeiras. Nestes pontos os jogadores dão respawn (voltam à ação depois de terem morrido). Muitos também possuem caixas de munição, kits de primeiros socorros, veículos ou defesas fixas.

O objetivo das partidas é dominar a maior quantidade possível de pontos estratégicos, protege-los e massacrar seus inimigos. A vitória é contada em pontos no alto da tela, que diminuem para cada soldado morto, podendo vir a diminuir rapidamente para um time que perca o domínio de metade dos pontos estratégicos do mapa.

A arte da guerra

Battlefield talvez seja o game mais divertido de primeira pessoa com o tema de Segunda Guerra Mundial, mas está longe de ser perfeito...

A principal desvantagem dele é a seleção limitada de classes (basicamente um atirador de elite, um soldado de fuzil, um soldado de bazuca, um medico e um engenheiro). A possibilidade de "montar" o kit de armamento do personagem seria muito util. No entanto, ten-se a desculpa do realismo, pois soldado nenhum consegue carregar treis ou quatro armas pesadas ao mesmo tempo...

A quantidade de mapas é extremamente limitada, e poucos dias são o suficiente para conhecer a fundo TODOS os mapas do jogo...

Instalar mapas e mods é bastante complicado, e a maioria só traz mudanças cosméticas nas roupas e armas dos soldados. Há mapas que só podem ser usados para Multiplayer, o que deixa a impressão que os desenvolvedores ficaram com preguiça de colocar IA nos Boots do mapa.

Jogar com Boots é algo também frustrante. A IA é fraca, e muitos soldados ficam andando em círculos ou caminhando a esmo ao invés de combater os inimigos.

Fora estes pequenos contratempos, Battlefield 1942 é o rei dos jogos de II Guerra Mundial, tem gráficos ótimos, boa jogabilidade, batalhas empolgantes e mil possibilidades de estratégia...

Site Oficial: www.ea.com

6 de outubro de 2006

Land of the Dead


Land of the Dead (****)
George Romero pode não ser um diretor de cinema famoso como Steven Spilberg ou Peter Jackson, mas certamente é, ao lado de Wes Craven, um dos melhores diretores de filmes de terror.
Sua mais famosa obra é a quadrologia dos Mortos, iniciada nos anos 1970 com Dawn of the Dead (que teve uma excelente refilmagem recentemente) e seguindo com Day of the Dead, Night of the Dead e Land of the Dead.
Sua série segue uma idéia perturbadora. De repente, sem razão nenhuma, uma epidemia de zumbis ataca o mundo todo. Pessoas mordidas pelos mortos-vivos se tornam zumbis tambem, e a humanidade é quase dizimada antes que possa fazer qualquer coisa. Nada é explicado, não se sabe se há um virus, maldição ou alguma coisa que transforme as pessoas em mortos-vivos.
A série de George Romero deu inicio a praticamente todos os filmes, games e historias de Survival Horror, incluindo grandes sucessos como Parasite Eve, Resident Evil, Abomination, Exterminio, House of the Dead...

No entanto, demorou para que um game baseado na obra de George Romero aparece-se.

A Terra dos Mortos

Land of the Dead é um shooter em primeira pessoa baseado na quadrologia de George Romero. Apesar de ter o nome do último e mais recente filme da série, seu enredo cobre toda a linha do tempo da série, do surgimento dos mortos-vivos à queda da fortaleza humana.

Neste game, o jogador controla um pacato fazendeiro, que certo dia avista uma pessoa parada na porta de sua fazenda. O que não parecia uma ameaça logo vira desespero, quando centenas de cadáveres ambulantes famintos invadem o local.

Durante o enredo, o personagem acaba indo para a cidade, agora superpopulada de zumbis, onde se encontra com elementos dos filmes de George Romero.

Os gráficos do jogo sao bons, e o som transmite o clima dos filmes. O game é simplesmente desesperador: a munição é excassa, e muitas vezes você vai ter de se virar com armas improvisadas, como tacos de golfe, machados, martelos e canos. Os mortos surgem de todos os cantos, quebram portas, pulam muros, escalam paredes....

Além de ótimo clima, a dificuldade do jogo é algo que chama a atenção. No modo Easy (fácil), os zumbis parecem saidos de filmes antigos, são lentos, morrem facilmente e ficam desorientados quando acertados. No modo Hard (difícil) eles se assemelham à refilmagem de Dawn of the Dead (Madrugada dos Mortos), são rápidos, armam emboscadas, são duros na queda e bastante fortes.

Quando acertado pelos zumbis o personagem cai no chão e fica alguns segundos atordoado. Por isso não é uma boa idéia se aproximar demais deles.

Os mortos andam sobre a terra...

Embora seja um jogo acima da média (comparado a muitos Unreal Tournment e Quakes por ai...), Land of the Dead também tem algumas limitações.

O jogo foi construido com a engine de Unreal, e conserva alguns de seus problemas, como andada muito vagarosa, dificuldade com portas (tanto o personagem quanto os zumbis acabam ficando "entalados" em algumas portas...) e um excesso de linearidade.

Outro problema é a iluminação. Muitos locais do jogo são escuros, e não há lanternas ou algo do tipo, o que transforma algumas partes em um verdadeiro exercicio de "chutometria".

Também há locais, como a plantação de milho da fazenda, que são muito confusos, e acabam obrigando você a ficar horas andando a esmo sem ver para onde está indo ou o que tem em frente.

Os gráficos das armas também poderiam ser melhores. Quando se vai recarregar uma arma, mesmo que você deseje colocar apenas uma bala, os gráficos mostram várias sendo colocadas ao mesmo tempo. Não é algo que chega a atrapalhar, mas poderia ser mais bem feito.

No mais, Land of the Dead tem o principal, o clima dos filmes de Romero, e consegue custurar o enredo do game ao do filme sem usar os personagens deste ou alterar algum dos enredos. É um game excelente, com muitos sustos e o clima sombrio garantido. Como diria Romero: Stay scared! (fique assustado...)

Site oficial: www.landofthedeadgame.com

1 de outubro de 2006


Headhunter de Setembro

Pois eh, meus leitores....
Neste mes de Setembro, mes do RPG eletronico no Blog da Resenha, teve muita coisa boa analisada e poucas cabeças rolando....

Fallout II e Diablo foram os primeiros a alcançar cinco estrelas por aqui... Mas são tambem os melhores jogos de RPG já lançados para PC, botando no chinelo grandes favoritos como Neverwinter Nights e Diablo II.

Neverwinter veio bem intencionado, mas morreu na praia, com muita ingenuidade e graficos ruinzinhos. Diablo II chegou botando banca, dando uma de gostosão, fazendo fama no original, mas naum adiantou, levou a nota mais baixa do mes, apenas duas estrelas. Muito pretencioso, com graficos ruins, jogabilidade deficiente e muito linear... machadada nele!

Baldurs Gate se salvou com boa jogabilidade e muitos dilemas morais, ficando como um dos mais classicos RPGs eletronicos da historia.

No mes de Outubro teremos resenha de shooters em primeira pessoa.... Aguardem!