7 de janeiro de 2007

Vampire: Bloodlines



Vampire Bloodlines (***)





RPGs de mesa normalmente são uma boa fonte de inspiração para games. Uma das maiores empresas de RPG de mesa, a TSR (comprada pela Wizards of the Coast) já havia se aventurado no ramo dos games diversas vezes, mas sua principal concorrente, a White Wolf (detentora de jogos famosos, como Vampiro e Lobisomem), nunca havia antes feito um jogo eletrônico.
A White Wolf estreiou com Vampire: Redemption, um game aparentemente mediano (não consegui uma cópia para avaliação ainda...), e agora está de volta com Vampire Bloodlines, seu mais novo título na linha Vampiro.

Linhas de Sangue
Embora ainda não tenha conseguido uma cópia de Redemption para avaliação, pude ver em revistas de games e RPG várias críticas relacionadas ao game. Aparentemente a história linear demais (você começava com um cavaleiro das cruzadas, que era transformado em vampiro e sobrevivia até os dias atuais) e o modo multiplayer que nunca funcionou eram grandes pontos negativos no game.
Bloodlines parece vir redimir este problema. Aqui não temos modo multiplayer, e, diga-se de passagem, ele não é necessário.
Em Bloodlines você não tem um personagem fixo, podendo criar o seu de modo muito parecido com o RPG de mesa, escolhendo um vampiro entre os "clãs" disponiveis (jogadores de RPG vão reconhece-los como os clãs da Camarilla, associação de vampiros que luta para ocultar a existência de seres sobrenaturais dos olhos mortais).
Os clãs disponíveis tem uma versão masculina e feminina para o personagem, e embora a "ficha" do personagem seja montada de modo diferente do RPG (mais fraco, diga-se de passagem...), os poderes vampíricos e as linhas gerais são as mesmas, possibilitando até que o jogador leve seu personagem "de mesa" para o game (com seris restrições, diga-se de passagem...).
O enredo é muito bom para um jogo onde não se tem um personagem fixo. Há muita liberdade de ação, muitas opções diferentes para seu personagem, lugares para visitar, vampiros para encontrar, humanos para chupar...
Os dialogos são consistentes, as imagens são muito boas e os personagens são carismáticos (principalmente a extremamente carismática e gostosa vampira da foto...heheheh).
A jogabilidade não é difícil, e pode ser aprendida em alguns segundos, basicamente se resume a botões de movimento (frente, trás, esquerda, direita...), ataque, inventario, saltar, ação (abrir portas, falar, pegar coisas...) e chupar sangue, além das habilidades vampíricas.
O game em si não é nem muito difícil nem muito fácil, no tempero ideal, e passa longe da megalomania dos games da TSR (aqui você não é um "escolhido", "divindade", "imortal" ou etc, só um vampiro tentando sobreviver...).
A Máscara
Bloodlines é um jogo muito bom, mas tem alguns grandes defeitos. O principal é a configuração.
O jogo só roda com resolução de tela de 1280 x 720 ou mais. Ou seja, se você não tem um telão no monitor do seu micro, terá problemas grandes com a resolução...
Outro problema é que o jogo usa muitos recursos gráficos (sobretudo iluminação) desnecessários e que não podem ser desligados. Se você não tiver uma placa gráfica potente ou se seu PC não for poderoso, prepare-se para loadings demoradíssimos e uma velocidade de tartaruga...
É compreensivel que o estúdio quisesse esnobar sua tecnologia gráfica de ponta (as animações são muito boas, diga-se de passagem...) e suas mulheres maravilhosas (até os Nosferatu, vampiros famosos pela feiura, tem mulheres monumentais...), mas podia incluir a opção de desligar alguns recursos ou piora-los para tornar o jogo acessível para donos de computadores mais antigos...
Algumas revistas especializadas e sites de resenha levantaram o problema do uso de armas de fogo no game, que é complicado e praticamente obsoleto, já que ataques com armas brancas ou desarmado seriam mais eficazes... Pessoalmente eu não achei que o sistema de armas de fogo estivesse ruim, uma vez que estamos falando de um RPG e não um shooter, não há necessidade de melhorar mais ainda no que refere a armas de fogo...
Outro problema, o game se baseia demais no RPG de mesa. Alguns conceitos importantes deste são mostrados nas telas de loading, mas alguem que nunca jogou o RPG terá muita dificuldade em assimilar de uma só vez toda a política de clãs de vampiros...
Em resumo, Bloodlines é um excelente RPG eletrônico. Se você é fã de Vampiro: a Máscara, tem um monitor enorme de LCD, uma placa grafica competente e um PC de última geração, não perca este jogo. Caso contrário, pense duas vezes antes de se aventurar nele...

Um comentário:

  1. Anônimo5:01 PM

    po, joguei e gostei, e gostaria de comentar sobre uma passagem do texto do Orc Bruto. eu conheço e sei bem as caracteristicas dos clãs, mas pra quem num conhece eh mais interessante ainda, afinal, a idéia eh interpretah um vampiro novo, q num conhece nd do mundo dos vampiros...

    se alguem num conhecia vampire, fala ai se gostô ou naum...

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