20 de fevereiro de 2007

Def Jam: Fight for NY



Def Jam: Fight for NY ****


Procurando briga? Briga mesmo? Com muita violência, agressividade, golpes sujos, sem regras?
Def Jam é um jogo de luta singular. Primeiro porque foge dos cliches do genero. Aqui não tem ninjitsu, nem "poderzinho", nem Haddoken, nem mortos-vivos, e artes marciais "clássicas" aparecem apenas palidamente, enquanto enrolação dos Mortal Kombat e Street Fighters da vida nem dá as caras.
Def Jam se concentra nas lutas de rua, de rua mesmo, onde vale tudo, de chute no saco a prender a cabeça do inimigo na porta de carros...

Combate Definitivo
Def Jam é um jogo aparentemente simples. Há um botãao para soco, um para chute, um para correr, um para agarrar, um que se segurado torna os golpes mais fortes e para por ai. Nada de "chute fraco, medio, forte, ulraforte...". Os gráficos são competentes e bonitos, embora não cheguem perto de Soul Calibur, por exemplo...
Os grandes diferenciais do jogo, no entanto, estão em sua grande gama de opções para criar e personalizar seus lutadores, a presença de celebridades, a trilha sonora e a violência das lutas.
No enredo principal, você cria um lutador, com uma boa quantidade de opções de cortes de cabelo, cor de pele, olhos, cabelo, formato do rosto, voz e faces. Não é tão complexo quanto em The Movies, mas dá para criar o próprio jogador com alguma perfeição...
Apesar de ser um jogo de luta, o enredo é divertido e bem criativo. Como menbro de uma gangue especializada em lutas ilegais de rua, você deve lutar para ganhar uma grana e trofeus para sua turma, enquanto enfrenta os lutadores de uma gangue rival comandados por ninguem menos que Snoop Dog Doggy (O rapper norte-americano)!!! Sim, o game é recheado de celebridades que emprestaram suas formas e músicas para a obra. Fora Eminem e 20cent, é possivel achar quase todos os MCs de rap e hip hop americano da atualidade, como Fat Joe, Omar Epps, Lil'kim e Method man, além de atrizes como Carmen Electra. Se você é fã de hip hop e rap, vai se divertir vendo os cantores lutando no game, e com uma semelhança assustadora, enquanto a trilha sonora composta pelos mesmos rola no fundo...
Ao longo do game, além de lutar, você pode personalizar seu personagem, comprando roupas, tatoos, jóias, treinando na academia e até mesmo arranjando uma namorada. As cutscenes mostram os bastidores das lutas, as traições, conspirações e arranjos por trás das arenas, e seu personagem, não importa o quão bizarro tenha ficado, participa de todas as cenas, o que por si só é muito divertido.
As lutas são realistas, sem poderes ou magias. Há várias artes marciais à disposição para seu personagem, entre luta de rua, artes marciais orientais, luta-livre, submissão (lutas com chaves de braço, perna e pescoço, como Judô e Jiu-Jitsu) e kickboxing. Cada modo de luta tem seus próprios golpes e "modos de vencer a luta". Não basta só esmurrar o adversário, é preciso algumas condições especiais para derrota-lo. Ou você tem que "entrar em fúria" e executar uma espécie de "fatality", ou usar uma arma (a platéia lhe entrega coisas como cabos de vassora, pedras, chaves de fenda...) ou um ataque especial da suaa arte marcial. Lutadores de rua vencem as lutas dando socões, enquanto lutadores de Jiu-Jitsu vencem nas chaves de braço, perna ou cabeça...
As lutas também são bastante violentas, e alguns combos constituem em arremessar o adversário em cima de carros, na frente do metrô, bater a cabeça dele em caixas de som ou na parede do ringue e até mesmo pedir a ajuda da torcida, que eventualmente bate em lutadores mal-vestidos ou que estejem enrolando a luta...
Lute por NY!
Def Jam talvez seja a mais criativa inovação no quesito "jogos de luta". Seus únicos pontos negativos são os controles. O básico é simples, mas para fazer os combos mais bonitos e divertidos é nescessário usar a alavanca do PS2 em conjunto com os botões, e a apertar vários ao mesmo tempo. Contragolpes também são difíceis de se fazer, e os inimigos controlados pelo computador, ao contrário, fazem combos e contragolpes com enorme facilidade, o que chega a ser um pouco decepcionante....
O excesso de rap e hip hop também pode enjoar quem não curte o estilo. Há roupas de hip hop, correntes de hip hop, músicas, cantores lutando... é quase uma overdose de rap e hip hop... bem que podia ter um pouco de Metal ou Rock também (seria divertido ver Lenny do Motorhead como personagem de jogo de luta...).
No mais, é um jogo extremamente criativo e divertido.

9 de fevereiro de 2007

Killzone


Killzone (PS2) *****

O que se pode querer de um shooter de primeira pessoa? Armas poderosas? cenários bonitos? Física realista? Inimigos inteligentes? ação frenética? Com certeza Killzone possui tudo isso e muito mais.


Zona de Matança


Confesso que a primeira vez que vi esse jogo, pensei nele como um genérico de Half Life ou outros shooters futuristas. Posso dizer que me arrependi de tal pensamento. Killzone é um grande game para PS2, capaz de suprir todas as expectativas dos shooters de plantão.

Para começo de conversa, Killzone tem algo que os shooters andavam carentes ultimamente, ele tem estilo próprio. Desde os pioneiros Wolfenstein 3D, Dark Forces e Doom que os shooters seguem praticamente os mesmos estilos. Ou são jogos baseados na II Guerra Mundial (Battlefield, Medal of Honror, Call of Duty...), que seguem o velho Wolf 3D, ou são baseados em filmes (os trocentos StarWars, alguns ruins de Star Trek...), seguindo Dark Forces, ou são labirintos repletos de monstros (Quake, Unreal, Half Life...) ao estilo de Doom. Killzone é inovador à medida que não cede a nenhum desses estilos. A maioria dos cenários são a céu aberto, sendo alguns dentro de construções perfeitamente críveis e nem um pouco labirínticos, não há monstros, não há "super-heroismo" (se você não tiver uma boa estratégia de combate vai cair com poucos tiros...), não há nada de II Guerra Mundial (talvez o fato de que os Helgast tem símbolos que lembram suásticas nazistas, mas nada além disso...), nem de filmes. Killzone é quase 100% único.

Os gráficos do jogo são de deixar qualquer um de boca aberta. As armas são perfeitas, as explosões também, assim como os efeitos de luz e sombra. Tudo é muito bonito em Killzone, mas o destaque fica para os cenários, maravilhosamente construidos, chegam a dar a impressão de que se está em um mundo destruido de verdade...

O enredo também é empolgante. Em um futuro próximo, um grupo de humanos é expulso do planeta Terra, aparentemente por causa de uma doença. No entanto, o que ninguém esperava aconteceu, eles sobreviveram, desenvolveram uma sociedade avançada, os Helgast, com alta tecnologia, e decidiram voltar para buscar vingança contra os terráqueos. Em um ataque massivo, eles invadiram e arrasaram o planeta em segundos.

Você começa o jogo na pele de Templar, um oficial das forças armadas dos terráqueos, mas, ao longo do jogo, ao encontrar mais sobreviventes, você pode trocar de personagem e seguir estórias distintas. Cada personagem tem suas peculiaridades: enquanto Templar é um brutamontes afeito a fuzis e metralhadoras, Luger, por exemplo, é uma personagem furtiva, adepta de snipers e armas silenciosas. Essa troca de personagens permite que o jogador adeque o jogo às suas preferências, se ele dá mais valor ao combate frenético ou à furtividade ou é adepto da mania de "ficar de camper".


Zona Morta


Killzone tem poucas desvantagens, que não chegam nem de longe à atrapalhar o jogo. A mais grave, que também acontece em outros shooters do PS2, é o uso das alavancas dualshock para mover o personagem e olhar em volta. Para quem está acostumado aos botões dos jogos de PC, por exemplo, pode ser enormemente difícil mirar das primeiras vezes que se joga.

Outro "problema" é a quantidade limitadísssima de armas que os personagens podem carregar. Enquento em outros jogos podemos levar bazucas, fuzis, metralhadoras, pistolas, SMG, lança-mísseis e etc., em Killzone a quantidade é muito limitada. Brutamontes como Templar podem carregar no máximo 5 armas, enquanto furtivos como Luger podem levar só três. Para pegar uma arma nova, tem-se que se desfazer da antiga. Isso é um pouco complicado quando se necessita de uma bazuca contra tanques, um sniper para alvos distantes, um fuzil para alvos próximos, um lançador de granada para grupos de inimigos e outros equipamentos na mesma fase.

O jogo também pode parecer um pouco linear no começo, mas é compreensível que, para gerar tais gráficos, Killzone tenha aberto mão de fases maiores, e, sinceramente, na minha opnião elas não fizeram falta nenhuma. Antes uma fase curta e bonita do que um campo de quilômetros desprovido de inimigos ou gráficos, como acontecia às vezes com Battlefield, com fases enormes, mas onde a ação acontecia apenas em um pequeno ponto...

Outro problema: não há botões para saltar. O mesmo botão é usado para subir escadas, entrar em armamento fixo, pular barreiras, mas não há um botão especial para salto, o que dificulta um pouco a ação...


Killzone mata: Gráficos belíssimos, ação empolgante, estilo único.

Killzone sofre: Controles poderiam ser melhores, fases curtas.

2 de fevereiro de 2007

God of War (PS2)


God of War (PS2) ****
Agora que consegui comprar um PS2, no Blog da Resenha vai ter avaliação de jogos para este console também. E vamos começar hoje em grande estilo com God of War, talvez um dos mais famosos e brutais jogos de PS2.


Deus da Guerra


God of War é um jogo excepcional. O visual é belíssimo, a jogabilidade é amigável, o enredo é envolvente e a ação é ininterrupta. O que mais chama atenção no game é o altíssimo nível de testosterona, esse sim é um jogo de MACHO. Além do altíssimo grau de violência, sangue, tripas e "fatalitys", há um nível assombroso de mulheres boazudas com pouca roupa, e algumas até mesmo nuas, além de um mini-game sexual estilo Hot Coffee (embora o do GTA seja mais explícito e divertido...).
No que diz respeito aos gráficos, God of War aproveita tudo o que o lendário rocessador do PS2 pode prover, com imagens belíssimas, extremamente detalhadas e cutscenes primorosas. Os efeitos de luz também são assustadoramente belos, assim como o nível de detalhes dos inimigos.
A princípio a jogabilidade é simples e fácil de aprender. As armas do personagem principal, Kratos, espadas presas por correntes, se comportam como correntes de verdade, dependendo do movimento do direcional pode-se faze-las chicotear, estalar e esticar em todos os ângulos possíveis.Há também muitos "especiais", ataques monstruosos que você pode fazer contra inimigos feridos ou fracos, que não devem nada a nenhum fatality do Mortal Kombat. Coisas como pegar o inimigo pelo pé e usa-lo como arma, empala-lo na espada, arremessa-lo ou até mesmo parti-lo ao meio com as próprias mãos.
O jogo é bem equilibrado, com inimigos interessantes, todos saídos da mitologia grega, entre ciclopes, minotauros, medusas e centauros. A impressão é a de estar jogando Age of Mitology em segunda pessoa (hehehe). Há também muitas armadilhas, a maioria delas criadas e assinadas por um sujeito com o ridículo nome de Pathus Verdes (!!!), e que vão fazer você querer chingar a mãe deste cara (que pelo nome parece mais ter vindo de Patópolis...heheheeh). Embora as armadilhas sejam bastante dificeis e algumas até chatas, nenhuma delas é impossível, e basta um pouco de senso de estratégia e boa cordenação motora pra ultrapassar todas.
Os cenários do jogo também são um destaque à parte, com muitos palácios, ruínas e castelos, com destaque especial para o enorme complexo de labirintos construidos pelo tal Pathus Verdes nas costas de um gigante (!!!).
O enredo também é muito interessante. O personagem principal, Kratus, era um general do exército espartano que, prestes a morrer, fez um pacto com Ares, o deus da guerra da mitologia grega. Ares deu a ele as "Lâminas da Fúria", espadas presas a correntes e aos braços do personagem. O problema é que ele também deu a Kratus uma terrível sede de sangue, que o levou a matar sua família. (Deuses fazendo heróis gregos enlouquecerem e matarem suas famílias? Onde já vi isso antes? Hércules!!!).
Apesar do enredo se passar na grécia, God of War foge do otimismo Disney e do misticismo de Cavaleiros do Zodíaco, se aproximando mais das tragédias gregas épicas. Praticamente todos os personagens tem um fim trágico (incluindo o tal Pathus Verdes... Perdeu os dois filhos, a mulher e se suicidou enquanto construia a fortaleza nas costas do gigante... bem feito pra um cara que além de bolar as armadilhas mais foda do jogo ainda teve o trabalho de assinar boa parte delas!), além da violência correr solta e de ninguém ser "bonzinho" por lá (o cara mais "gente boa" é Hades, o deus da morte...heheheh)
O sistema de experiência também é muito interessante. Quando você destrói um inimigo ou parte do cenário, Kratus ganha experiência na forma de bolinhas vermelhas. Essa "excência" vermelha pode ser depois usada para fazer "upgrade" nos poderes e armas do personagem. A maioria dos upgrades trás novos movimentos com as armas, mais potência para os poderes, combos com eles, novas características e visual, o que te deixa sempre querendo ver o que vem de novo no próximo upgrade.


Deus está Morto...


God of War é um jogo digno de nota, mas tem um problema grave. Alguns dos tais Fatalitys, principalmente os feitos em monstros grandes, como ciclopes e minotauros, exige que se faça uma combinação de botões que aparecem rapidamente na tela para serem concluidos. Isso em parte distrai a atenção do jogador, que ao invés de ver a cena, fica preocupado em enxergar o símbolo da tela, o que nem sempre é fácil visto que muitos cenários são escuros ou com cores similares às dos botões.
Outro problema decorrente deste é que alguns chefes, incluindo uma absurdamente chata hidra, logo no começo da game, só podem ser mortos com estas combinações de botões. O caso da hidra é ainda mais grave, porque envolve apertar um único botão na mesma velocidade que ele aparece na tela, e muitas vezes o jogador acaba apertando mais rápido ou mais lento e perdendo a sequência. Além do fato de que esse tipo de manobra pode contribuir para o jogador desenvolver uma LER (Lesão por Esforço Repetitivo)... E diante da mão engessada e do médico não dá pra por a culpa na maldita hidra. Se você não tem uma cordenação motora muito boa, pode ter problemas para passar de certas partes do jogo.
Fica também um alerta. Prefira sempre comprar o jogo original. Quando zerado, God of War libera vários extras, como Making Off, entrevistas com os criadores, filmes e etc. Esses extras não existem na versão "alternativa"(eufemismo para PIRATA) do jogo, só na original...

God of War é divino: Gráficos excelentes, enredo envolvente, desafios inteligentes, batalhas sangrentas, mulheres nuas...

God of War peca: Combos demasiadamente difíceis, alguns chefes são enjoativos...

Recomendado para: Quem quer sangue, mulheres peladas e muita porrada...

Não recomendado para: Quem tem pouca coordenação motora, quem tem estômago fraco...