
A Bioware, com suas séries Dragon Age, Mass Effect e Knights of the Old Republic é, sem dúvida, uma das mais prolíficas produtoras de RPGs eletrônicos atualmente.
Mas não é a única.
A belga Larian Studius também tem uma série muito bem avaliada na Gamespot, a série Divinity.
Quando postei aqui no Blog da Resenha um trailer de Divinity II Ego Draconis, um leitor falou muito bem do game, por isso eu corri atrás para jogá-lo e resenhá-lo aqui.
De fato, a primeira impressão é bem forte. Temos aqui algo raro, um RPG medieval com personalidade própria. Em Divinity há navios voadores, fortalezas flutuantes, dragões, caçadores de dragões, armaduras com um visual próprio, personagens cativantes e divertidos, quests interessantes e muito humor, muitas vezes sutil. Basta olhar em um cemitério qualquer para ver um monte de piadas divertidas sobre supostas celebridades mortas.
Mas então o que deu errado? Porque ele ganhou apenas duas estrelas no Blog da Resenha?
Bonitinho mas ordinário

Jogar Divinity 2 Ego Draconis em um computador bom, com todas as opções de gráfico no máximo é uma experiência gratificante.
O som também destaca. A canção tema é belíssima, e toda a trilha sonora é impecavelmente marcante. Os efeitos sonoros também são bem feitos, desde os cantos dos pássaros até os berros dos monstros.
No entanto, o mesmo não pode ser dito das animações. A animação de seu personagem principal é tão ruim, mas tão ruim, que chega a incomodar. Experimente saltar de algum local e você verá seu personagem "planando" rente ao chão, com os braços e pernas abertos, feito um bonecão de posto, antes de finalmente "parar" e voltar a andar novamente. Em alguns momentos também ele irá andar sem mover as pernas, apenas pairando imóvel sobre o chão.
Os controles são bem ruins, principalmente para saltar, quando se está jogando no PC. Em várias partes o game se torna um jogo de plataforma e você tem que se esguelar para conseguir saltar com os controles com resposta demorada, sem precisão e sem controle da distância do salto. Você sempre salta a mesma distância, o que não existe nos games desde GTA Vice City, onde dependendo da força e dos outros botões (para a frente, atrás, lateral...) apertados você saltava em ângulos diferentes e distâncias diferentes.
Divinity também é um game bem decepcionante, sobretudo nos combates. O jogo não tem escrúpulos nenhum em te jogar para enfrentar sozinho uma tropa de seis a oito inimigos de uma vez, cada um deles com três ou quatro níveis a mais do que seu pobre personagem. Fica a impressão de que os desenvolvedores não querem que você prossiga no game, e, a menos que você explora as falhas de IA dos inimigos, suas chances de sair vitorioso de QUALQUER combate são mínimas.

Os problemas com a IA, somados à mania do game de te colocar pra enfrentar adversários sempre em situações extremamente desfavoráveis, e à movimentação tosca, praticamente matam um game muito bonito, com uma excelente trilha sonora e uma narrativa divertida. Uma pena que isso tenha acontecido a ponto de deixar Divinity 2 praticamente injogável.
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