Volta e meia aparece algum game que gera polêmica. Quem não lembra dos protestos contra o primeiro GTA, só porque você podia atropelar pessoas na rua? Ou da proibição de Requiem Avenging Angel, onde você podia fazer seus inimigos explodirem em quadrados vermelhos?
Eis que sempre aparece algum espertinho tentando promover games novos exatamente através da polêmica. Foi assim com Carmageddon, proibido em vários países incluindo Brasil, e também com o atual Call of Duty Modern Warfare 2 e sua fase de metralhar civis.
A produtora japonesa Illusion é especializada nisso, e recentemente acendeu a indignação de milhares de grupos feministas ao redor do mundo com seu game Rapelay (um trocadilho muito do tosco com as palavras "Rape" = "Estupro" e "Replay"), um "simulador de estupro".
Eis que o Blog da Resenha se aventurou a averiguar esse tal game. Se matar e torturar já são atos mais ou menos comuns no mundo dos games (a ver pelo game The Punisher (PS2)), estupro, e sexo em geral é novidade. Fora os RPGs mais recentes da Bioware (e o lendário Duke Nunken 3D), é difícil ouvir falar de sexo em games. Seria esse Rapelay tão violento e imoral quanto a mídia sensacionalista gritava aos quatro ventos?
Tosco até o osso
A primeira impressão quando se inicia o tal Rapelay é que estamos frente a frente com um daqueles games de Super Nintendo. Os menus são toscos até dizer chega. Parecem feitos no RPG Maker 95.
Além dos menus toscos vem a observação de que o game só existe em japonês. Há traduções feitas por "fãs" em inglês, russo e outras línguas, mas todas são extremamente incompletas, com erros bizarros de gramática e traduções ao pé da letra que tornam difícil saber do que se trata a narrativa.
Aparentemente o game é sobre algum maníaco tarado que quer vingança contra um grupo de meninas atacando elas no metrô. Fora isso os personagens são rasos como um pires.
A jogabilidade se resume a ficar "passando a mão" virtual nas meninas e, depois de algum tempo, fazer sexo com elas. Violência? Estupro? Sadismo? Esqueça. A "polêmica" em cima do game é puramente mercadológica e você não vai ver nada que já não tenha visto em algum filme pornô. As cenas de sexo estão mais para Emmanuelle (aquela série tosca dos anos 70 que passa na Band sábado de madrugada) do que para o sadomasoquismo underground que o game "promete".
Os gráficos são muito fracos, principalmente no que diz respeito às texturas. Desafio não existe. Os controles também são toscos, usando os botões direito e esquerdo do mouse para mover a tela, controlar o HUD e "pegar" nas garotas. Só que com o acúmulo de funções, volta e meia você vai girar a tela quando queria dar uma apalpada nas japinhas, ou acabar deixando a menina cair da sua mão quando queria era dar uma movimentada na câmera.
Antes de sair por aí querendo proibir essa tosqueira, as feministas e políticos podiam jogar um pouco. Eles iriam querer proibir o game por ele ser mal-feito e tosquíssimo, e não por ser violento ou imoral.
Nossa nada haver sua resenha
ResponderExcluirConcordo com você.
Excluirnada ver mano nem jogou o jogo pra ver como é resenha bosta
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