Warhammer 40.000 Dawn of War 2 - Chaos Rising (PC) (***)
Está aí um game com o nome realmente grande! A expansão do primeiro Dawn of War 2 chega agora com um novo inimigo para os Space Marines, as forças do Caos.
Se você não conhece o universo de Warhammer 40.000, está na hora de conhecer. Criado na Inglaterra como um jogo de tabuleiro no início dos anos 80, Warhammer 40.000 se tornou um imenso universo expandido, com centenas de gibis, livros, games e até mesmo um filme, que deverá sair ano que vem nos cinemas.
Ao contrário de Star Wars e toda aquela lenga-lenga sobre Jedis honrados e bonzinhos, lado claro da Força e etc etc, Warhammer é um mundo brutal de violência e heroísmo bizarro onde os fracos, definitivamente, não tem vez. A maior parte da humanidade é mantida sob domínio do Imperium, um gigantesco império estrelar governado por uma espécie de Inquisição futurista. O Imperador humano que criou todo este império agora é mantido vivo por um engenho chamado "Trono de Ouro", e está incomunicável, praticamente morto pela velhice e pela traição de seu filho, Hórus.
Contra o Imperium se levantou uma rebelião muito diferente da de Star Wars. Através de pactos com divindades sombrias de uma dimensão paralela chamada Warp, os adeptos do Caos ganharam poderes mágicos e acabaram completamente corrompidos, se tornando selvagens invocadores de demônios e canibais.
Em Dawn of War 2 você joga com uma equipe de Space Marines (Fuzilheiros espaciais), a tropa de elite do Imperium. No primeiro jogo sua missão era proteger o sistema Aurelia de alienígenas invasores chamados Tyranids. Agora, em Chaos Rising, a coisa complicou mais para o lado dos personagens. Um planeta, desaparecido a mil anos desde que foi sugado pelo Warp, retornou coberto de gelo e infestado de adeptos do Caos, muitos deles ex-Space Marines.
Graficamente, o game continua a mesma coisa do anterior. Bons efeitos de luz e sombra, aliados à texturas competentes fazem ele se destacar bastante no quesito "beleza". Os efeitos sonoros também não melhoraram, muitos sons de armas continuam enjoativos, e a gritaria feita pelos personagens quase te deixa surdo, se não torrar sua paciência antes. Durante os combates, praticamente a cada golpe ou tiro, alguém grita algo em uma altura ensurdecedora... Pode até ser legal nos primeiros cinco minutos, mas depois de algumas horas, não tem quem aguente...
A jogabilidade é praticamente a mesma. A grande mudança veio com as novas missões, fases, equipamentos e interação entre os personagens e o mundo à sua volta. Dawn of War 2 tinha as missões mais chatas e repetitivas da história dos games de estratégia para PC. Praticamente você só deveria andar para frente em cada fase, destruindo todos os inimigos que aparecessem, para depois lutar contra um "chefão". Quase um Super Nintendo.
Agora as missões estão mais diversificadas. Com vários objetivos, condições que podem corromper ou recuperar seus personagens, mais "amarradas" com a história do game e com o passado dos personagens. Ao invés de só andar para a frente e descer porrada em algum chefe, agora você também vai ter que conquistar posições, salvar sujeitos em apuros, derrubar barricadas inimigas, defender um local, demolir uma construção específica... Bem mais interessante.
Na tela entre as missões, alguns personagens terão "falas" especiais dependendo do seu desempenho e do que está acontecendo na história. Você pode pedir para seu comandante, por exemplo, mais informações sobre a missão, ou até discutir com alguns aliados. Nada como um game da Bioware, mas bem melhor do que só sentar e assistir...
A idéia da corrupção é muito bem colocada e interessante. Deixar seus personagens com raiva vai aproximá-los do lado do Caos, e levá-los para longe do Imperador. Se durante uma missão você não conseguir cumprir todos os objetivos, salvar as pessoas que deveriam ser salvas ou sair destruindo propriedade do Imperium, seus soldados ficarão revoltados, e irão cair para o "lado negro", na prática eles perdem alguns poderes e ganham outros, assim como também poderão usar equipamento dos inimigos.
Em algumas missões, alguns personagens vão pedir para serem recrutados, por terem alguma ligação com ela. Se você deixá-los no banco de reserva, eles também irão se corromper para o Caos.
Há também itens e missões que podem "limpar" a corrupção dos personagens. Mas vê-los maus, usando armas demoníacas e quebrando tudo é beeeeeeemmmm mais divertido.
A narrativa de Chaos Rising é mais divertida e interessante do que a do Dawn of War original, e o game ainda vem com extras multiplayer, para serem jogados pelo Windows Live (que é um lixo, nem passa perto do Steam da Valve...).
Se você gostou do Dawn of War 2 original, vai amar Chaos Rising. Se você não conhece Warhammer 40.000, vai gostar muito do humor negro e do tom épico do cenário. Se você tem ouvidos sensíveis, fuja correndo deste game, antes que os péssimos efeitos sonoros e a gritaria sem fim invadam seu computador!
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