30 de setembro de 2010
Sniper Ghost Warrior (PC, Xbox360) (*)
Muitas das pessoas que gostam de games de ação em primeira pessoa gostam de jogar como "snipers", atiradores de elite.
Não tem como negar que é divertido pegar um rifle de longa distância, subir em alguma construção e eliminar algum monstro ou terrorista à quilômetros de distância, enquanto vê pela mira telescópica os companheiros dele correndo sem saber de onde veio o tiro.
Pensando nisso, a polonesa City Interactive criou um game totalmente focado em snipers, chamado "Sniper Ghost Warrior".
O pior à respeito deste game é as boas promessas que ele trazia. Batalhas na mata, missões stealth, atirar nos inimigos à distância... e principalmente, uma visão um tanto diferente de tantos games americanos por aí...
Mas, infelizmente, a Polônia fez juz às inúmeras piadinhas que rolam na internet sobre o país. Sim, sendo curto e grosso, Sniper é uma decepção...
O pior é que ele tinha tudo para dar certo. Basta cinco minutos do tutorial para você se encantar com os gráficos bem feitos, a boa mecânica de tiro, sobretudo com mira telescópica, o excelente trabalho sonoro e a razoável mecânica de furtividade do jogo.
Então começa a missão de verdade. A história é simplória, com um grupo de snipers americanos enviados para um país fictício na América Latina com a missão de assassinar o ditador local.
Uma coisa muito divertida é o "bulletcam". Quando você acerta um tiro na cabeça do inimigo (head shot), o game "aparentemente" fica em câmera lenta, onde você pode acompanhar a trajetória da bala e ver seu alvo capotar no ar com a força do impacto.
No entanto o problema já começa ai. Embora seja divertido, e de longe a melhor parte do jogo, a tal bulletcam NÃO DEIXA todo o jogo em câmera lenta, apenas você e seu alvo.
Sim, por mais bizarro que isso seja, você vai acompanhar a trajetória da bala enquanto os outros 300 soldados em volta detectam sua localização, pegam seus rifles, amarram suas botas, escalam o local onde você está e te moem na bala. Não raro você volta de uma bulletcam só para ver que já foi morto à vários segundos por um monte de inimigos.
O pior, no entanto, é a IA (Inteligência Artificial, embora esteja mais para Burrice Artificial). Ela varia de inimigos cegos, surdos, mudos e aleijados, na frente dos quais você pode dançar macarena que eles não vão tomar nenhuma atitude, e inimigos que fazem o Superman parecer um mendigo.
Em vários locais do jogo você vai encontrar (ou melhor, ser encontrado) por inimigos capazes de te perceber imediatamente, mesmo eles estando de costas e a mais de um quilômetro de você, vendo através de rochas sólidas e mata densa. E o pior, estes inimigos sobrehumanos podem te acertar precisamente com uma pistola, atirando através de mais de 50 metros de rocha sólida... e você, com seu rifle de atirador de elite, não consegue atirar através de uma folha de papel...
Enfim, jogar o modo single-player é acabar frustrado após poucos minutos de jogo, sendo continuamente eliminado por uma IA onisciente e onipotente. Em jogos multiplayer, divirta-se tentando encontrar alguém disposto a jogar com você, em servidores mais vazios que prédio público em dia de feriado...
26 de setembro de 2010
Requiem Memento Mori (PC - MMO) (****)
Eu não sou uma pessoa muito fã de MMO. Normalmente nem ligo minha internet enquanto estou jogando. Mas, à algum tempo atrás alguns amigos meus conseguiram me convencer a experimentar Dungeons & Dragons Online.
Como gostei da experiência, passei a procurar outros MMO grátis na internet... e tropecei nesta verdadeira obra de arte.
Ok, se você conhece a maioria dos MMO (World of Warcraft, Dungeons & Dragons Online, Granado Espada, Tíbia e outros...), sabe que algumas coisas são comuns. Normalmente, visando atrair um maior público, estes jogos são coloridos, family-friendly (pouca violência, nenhum sangue...) e com todas as elfas peitudas devidamente lacradas em armaduras e outras vestimentas que fariam a Rainha Vitória da Inglaterra parecer uma devassa. Assim estes jogos conseguem rankings baixos nas empresas de censura (como a temida americana ESRB e no brasileiro Ministério da Justiça, que volta e meia bane alguns games), e as empresas lucram com hordas de garotinhos de 13 anos e donas de casa quarentonas.
Os jogadores maiores de idade, que cresceram vendo dezenas de corações, olhos e cérebros voarem de um inimigo atingido por um chute em Duke Nunkem, acabam ficando sem muita opção em termos de MMO...
Acabavam...
Requiem veio exatamente para preencher esta lacuna. Considerado 17+ pela ESRB e 18+ pela GRB (e certamente banido pelo Ministério da Justiça, como o infinitamente menos violento Counter Strike), o game parece uma mistura de quadrinhos da revista Heavy Metal com obras de arte de Luis Royo e músicas de Sepultura. (é bom deixar claro que NÃO HÁ músicas do Sepultura no game, é só uma comparação...)
O jogo abusa de sangue, tripas, violência absurda, desmembramentos e lindas mulheres com pouquíssima roupa. É praticamente impossível matar algum monstro sem tomar um banho de sangue e vísceras, e sempre que algum bicho morre há animações de decapitação, mutilação ou coisas piores.
Os gráficos de Requiem também são magníficos. Os efeitos de luz, a passagem do tempo (quando anoitece ou amanhece) e as texturas principalmente, são ótimas. O som é bom, e as músicas de fundo ajudam a criar o clima insano de terror, violência e adrenalina do game. Os controles são simples mesmo para quem nunca jogou MMO, e nem é preciso ajuda para sacar todos. Mesmo porque Requiem tem um dos tutoriais mais úteis, informativos e divertidos que eu já vi.
Divertido também é o sistema de montarias. Cada personagem pode invocar uma montaria, que varia de dinossauros, monstros, mortos-vivos, dragões ou coisas ainda mais bizarras, e sair cavalgando pelo extenso mundo de Requiem. Infelizmente não é possível lutar em cima de uma montaria, mas o efeito do movimento, junto com o som do bicho cavalgando, é bem divertido.
Infelizmente, nem tudo são flores. Embora existam muitos brasileiros no jogo (na verdade alguns servidores são praticamente tomados por brasileiros), poucos são amigáveis ou tem algum interesse em receber novatos, dar uma ajuda ou convidar para uma guilda. A maioria é formada por trolls que ou ignoram qualquer um que tente falar com eles, ou simplesmente detonam os novatos sem dó nem piedade.
Embora alguns gringos sejam simpáticos, há muito pouca interação entre jogadores em Requiem (talvez o apelo erótico/sanguinolento tenha atraído muitos garotos de 13 anos interessados no sangue e pouca roupa das mulheres...), o que deixa o game parecendo um monte de single-players rolando paralelamente... O que é uma pena, pois há recursos muito divertidos de batalhas grupais entre guildas ou bandos de amigos.
As missões também são ruinzinhas. Há muitas "missões de carteiro", do tipo "leve tal encomenda para tal pessoa", e há muitas missões chatas onde você tem que matar um número "X" de criaturas, que ficam aparecendo pateticamente no meio do nada e só servem de saco de pancada. A coisa melhora mais pra frente, quando o game vai ficando mais complexo, mas no começo é um pouco tedioso ficar matando sacos de pancada ambulantes...
Outro problema do jogo é que ele tem vários nomes oficiais (!!!). Por algum motivo obscuro (talvez pela quantidade de jogos, músicas, bandas, livros e filmes com o nome Requiem), o mesmo game é conhecido como Requiem Memento Mori, Requiem Bloodmare e Requiem Alive. Ou seja, às vezes você vai ouvir falar em Bloodmare e ficar pensando se é o mesmo jogo. É sim. E todos eles jogam nos mesmos servidores, sem nenhuma mudança, a não ser o nome que cada jogador vê ao iniciar o game...
Se você gosta de sangue, mortes, destruição e mulheres (e homens também!) com pouca roupa, danças sensuais, gráficos excelentes e boa trilha sonora, experimente Requiem. De preferência se passe por gringo, fale no chat só em inglês e poupe sua paciência dos milhares de trollzinhos brasileiros que infestam alguns servidores...
Faça download do jogo (é grátis! grátis mesmo, sem pagar nada!) em http://www.playrequiem.com/
Dungeons & Dragons Online (PC - MMO) (****)
Pessoalmente eu não sou muito fã de MMORPG (Massive Multiplayer Online Role Playing Game, jogos multiplayer massivos, com milhares de jogadores conectados, como World of Warcraft ou Tíbia), mas como uns amigos meus imploraram, resolvi aderir a Dungeons & Dragons Online (conhecido como DDO) para ajudá-los lá.
DDO surgiu à alguns anos, na época da fama de Neverwinter Nights e da 3ª edição do RPG "de mesa" Dungeons & Dragons. A idéia da então Wizards of the Coast era ter um concorrente direto para o recém lançado World of Warcraft, pegar os jogadores do RPG "de mesa" e também o apetitoso mercado asiático ávido por MMOs.
Pena que a coisa não foi muito bem. A China e a Coréia firmemente agarradas em World of Warcraft não trouxeram o retorno esperado, o D&D "de mesa" não chegou firme no oriente atráves do MMO e a Wizards se viu em um "mato sem cachorro".
Com a compra da empresa pela Hasbro, os executivos dela tiveram um grande insight. Se não adianta apelar para o público oriental, que assina e paga mensalmente com cartão de crédito para jogar MMO, seria legal apelar pro público quebrado da América Latina, EUA, Canadá, Europa e até África, deixando DDO inteiramente grátis, quase como uma "propaganda" do RPG "de mesa" e ganhando uns trocados vendendo itens no jogo ou extras para fãs hardcore, que não se importam de pagar alguns dólares por um item especial ou raça nova de personagem.
Com isso os países latinos saíram ganhando. Tradicionalmente desconfiados em gastar dinheiro com jogos on-line, brasileiros invadiram em massa DDO, assim como americanos e europeus atingidos pela crise mundial. Afinal, quem não quer jogar um bom game, com excelentes gráficos e muita diversão sem pagar um centavo sequer (e sem recorrer à pirataria).
Graficamente, DDO não impressiona, mas também não faz feio. As texturas e as luzes em geral são boas o bastante para não deixar o game feio, mas também não são grande coisa. Afinal, o jogo todo roda on-line, e não se pode dar o luxo de esperar as placas de vídeo ou memórias RAM mais limitadas.
Os ambientes são bem desenvolvidos, incluindo a geografia. Alguns lugares tem barreiras invisíveis e arbitrárias, mas nada que prejudique muito a diversão. Alguns lugares são um pouco difíceis de encontrar, mas nada muito difícil.
A jogabilidade pega um pouco quem não tem costume de jogar MMO. A introdução é muito rápida, pouco útil e meio sem graça, e o jogo meio que "te larga" do nada no meio de uma vila, sem saber muito o que fazer, com quem falar ou pra onde ir.
Felizmente a comunidade de DDO é bem mais amigável que na maioria dos MMO por aí. Claro que sempre tem um "troll" (nome dado a pessoas sem educação na internet) ou outro no chat do jogo, falando mal dos "noobs" (corruptela de "Newbie" ou "New By", em inglês, termo que significa alguém novo em algum lugar, recém chegado). Mas qualquer dúvida, basta gritar no chat que logo alguém te ajuda, muitas vezes até passo-a-passo, acompanhando seu personagem nas missões dele.
Também é comum encontrar pessoas que falam português, tanto lusitanos quanto brasileiros e às vezes até africanos. Ou seja, mesmo que você não seja muito bom em inglês, não vai se sentir sozinho por lá.
Uma sacada interessante é manter jogadores mais experientes longe dos iniciantes. Conforme você vai progredindo nas missões, vai passando a "ver" as cidades apenas com jogadores com mais-ou-menos seu nível. Isso evita um certo repúdio que os veteranos tem pelos noobs neste tipo de jogo.
Mesmo sendo recém-chegado, é comum ser convidado para guildas (associações de jogadores), grupos de pilhagem ou simplesmente topar com alguém falando "oi" e querendo compania. Em outros MMOs que eu experimentei, muitas guildas simplesmente proíbem participantes iniciantes, e muitos jogadores ignoram qualquer tentativa de aproximação. Felizmente em DDO a comunidade em geral é muito mais receptiva.
As missões são bem formuladas, evitando aquela mania de criar "missões de carteiro", onde você tem que levar encomendas de um lado para o outro. Na maioria delas há labirintos bem montados, enigmas divertidos e muito combate.
DDO, no fim das contas, é um bom game de ação medieval. A comunidade on-line é receptiva e simpática, os controles não são muito diferentes do que todos nós estamos acostumados e a parte gráfica e sonora não é ruim, os combates são divertidos e as missões são bem construídas. No entanto, os gráficos e a parte sonora também não são tão boas quanto poderiam ser, e o jogo como um todo parece bem inocente (meio estilo World of Warcraft), sem muito sangue ou violência.
Para você que gosta de MMO, não tem grana para pagar World of Warcraft e não quer jogar Tíbia, é uma boa pedida. faça o download em http://www.ddo.com
15 de setembro de 2010
Dead Space 2 Multiplayer Trailer
Depois de muito choro, a Visceral resolveu se render e incluir um multiplayer em Dead Space 2. Pelo trailer a coisa parece um cruzamento de Left 4 Dead com Counter Strike. O time humano deve armar uma bomba enquanto o time necromorfo deve lanchar os humanos antes. Parece divertido!
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Final Fantasy XIV trailer
Aos fãs da série Final Fantasy, um aperitivo para deixar todos com água na boca. Pelo trailer parece nada menos do que fantástico...
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Devil May Cry Trailer
Novo trailer do novo game da série Devil May Cry. Este quarto título trará um Dante de cabelo curto, aparentemente mais novo. Será um prequel?
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Asura's Wrath trailer
Parece que a Capcom resolveu investir em um oponente direto para a série God of War. Asura's Wrath promete muita destruição épica, violência absurda e mitologia budista (???).
Atenção para a "dedada" que quase destrói a Terra!
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