26 de março de 2008

Silent Hill: The Room

Silent Hill: The Room (***)

Tudo começa em uma bela manhã. Depois de pesadelos recorrentes, você acorda, em seu quitinete, vai em direção à cozinha e... encontra a porta da frente completamente bloqueada com correntes, tábuas e tudo o mais - pelo lado de dentro - com um bilhete dizendo para você não sair. As janelas não abrem, seus vidros não quebram, a televisão e o rádio não funcionam... E há um buraco enorme no banheiro... Bem vindo a um dos mais claustrofóbicos games de terror psicológico da história.


O Quarto
Silent Hill: The Room é o quarto game da série de terror iniciada no PSone. Seguindo a linha da história, sobre a sombria e amaldiçoada cidade de Silent Hill, o jogo inova em muitos aspectos, levando você para dentro de um terrível filme de terror japonês, no melhor estilo "O Chamado" e "O Grito".
Neste jogo, você controla Henry Townshend, um pacato fotógrafo e jornalista que acabou de se mudar para um quitinete na cidade de South Ashfield, próximo da nefasta Silent Hill. Depois de uma rápida visita à cidade amaldiçoada para tirar umas fotos, Henry começa a ser atormentado por terríveis pesadelos, até se ver, em uma manhã, completamente trancado em seu apartamento. Seus vizinhos não o escutam, seu telefone não funciona, e o único meio de sair é através de um sinistro buraco na parede do banheiro, de onde se pode ouvir vozes infantis, e de vez enquando ver um ou outro filete de sangue escorrendo...
O tal buraco leva a uma outra e sombria realidade, um mundo onírico de pesadelos, onde pessoas morrem de verdade, nas mãos de um terrível assassino. Se não resolver os mistérios à cerca de seu quitinete e da cidade de Silent Hill, o pobre Henry corre o risco de morrer de fome, isolado em seu estranho apartamento. Isso se as coisas que habitam a dimensão além do buraco no banheiro não encontrarem um meio de passar para o mundo "real"...
Silent Hill 4 é sobretudo um game de horror psicológico. O som, os gráficos e o enredo são sombrio, muitas vezes ficando em níveis superiores aos outros jogos da série. Os inimigos são aberrantes e muitas surpresas terríveis aguardam no caminho.
O jogo alterna entre visão em primeira a segunda pessoa. Quando se está no apartamento, a visão em primeira pessoa prevalece, e quando se entra no buraco da parede e se vai para o mundo onírico, a visão fica semelhante à do primeiro Silent Hill, em segunda pessoa. Em ambas as visões, os gráficos são exuberantes, transmitindo uma sensação de claustrofobia, medo e desespero.
O combate não é o forte de Silent Hill: The Room. A maioria das armas são ferramentas improvisadas, coisas como um cano de água retirado do banheiro, uma machadinha enferrujada, uma garrafa, tacos de golfe... A mecânica do combate também não é das melhores, e muitos oponentes simplesmente não morrem, ou o fazem rápido demais, o que não torna o combate nada muito importante para o game. O principal ponto forte deste jogo é a narrativa, seu enredo denso, com muitos materiais para ler e muitas cutscenes macabras o torna uma experiência, no mínimo, perturbadora.
Outra vantagem é que há versões de Silent Hill: The Room bilíngue. Você pode escolher colocar o jogo em inglês (mais acessível para nós, brasileiros) ou japonês, ouvindo o som original. Puristas, otakus ou quem sabe ler japonês poderão se divertir mais com o game em sua língua original, mas fique avisado de que há uma quantidade enorme de texto para ser lido, e muitas vezes você só saberá o que fazer no game se tiver lido boa parte deles...
Game estranho com gente esquisita...
Se você gosta de terror, sobretudo de terror oriental, irá se divertir com Silent Hill: The Room. No entanto, embora sombrio, este nem de longe é um game "fácil" ou "acessível". A maior parte do tempo, ele irá exigir de você muito, mas muito conhecimento da história da série. Se você não jogou os três primeiros jogos e não viu o filme (não é grande coisa, mas é legalzinho...), pode ficar perdido em muitos locais de Silent Hill: The Room.
Como segue a tradição de filmes de terror, este game irá te deixar em um mato sem cachorro várias vezes. Muitas vezes você simplesmente não terá a mínima idéia do que fazer para progredir. Como em filmes de terror, você poderá "enfiar os pés pelas mãos" várias vezes ao longo do game, coletando itens amaldiçoados pelo mundo onírico (que só vão te atrapalhar por todo o resto do jogo), ignorando certas pistas espalhadas pelo apartamento, se metendo a durão contra inimigos imortais, correndo para becos sem saída... Quando se está na pele do protagonista é fácil entender por que personagens de filmes de horror são tão idiotas...
Além de difícil, a mudança entre o mundo real e o mundo onírico também costuma atrapalhar bastante. Em muitas partes você terá que voltar para o apartamento a fim de fazer alguma coisa que irá levar o game adiante. Muitas vezes um simples telefonema ou olhada na geladeira de seu quitinete irá fazer toda a diferença quando o game não progredir no mundo onírico...
Outro pequeno "problema" de Silent Hill: The Room é o inventário minúsculo e totalmente irreal. Muitas vezes você vai precisar entrar e sair de um dos mundos apenas para pegar um item que não coube em seu inventário. Outras vezes você irá carregar um monte de tacos de baseball, golfe, canos, machados e itens pesados e não poderá levar um cartão ou pedaço de papel por falta de espaço...
Muitos itens também protegem de forma passiva, como medalhões sagrados (as populares "medalhinhas de santo" no Brasil), e você vai ter que ficar com eles ocupando espaço no inventário se quiser sobreviver...
O game possui quatro finais diferentes, dependendo de como você agiu para com seus aliados, inimigos, itens e como você cuidou de sua casa. Na primeira vez, provavelmente, devido à falta de pistas e informações, boa parte dos jogadores vêem tudo dar errado, no final mais bizarro dos quatro, mas depois vale à pena jogar denovo só para ver os outros três finais.
Em suma, Silent Hill: The Room é um ótimo jogo de terror, e cumpre seu papel, fornecendo uma aventura pertubadoura e claustrofóbica. No entanto é um jogo difícil e muitas vezes frustante, muito complexo e que vai te deixar parado várias horas pensando no que você deve fazer para poder seguir adiante com o enredo...



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18 de março de 2008

Novidades para PS2

Não Está Morto quem Eterno Jaz...


Com os consoles da nova geração, muita gente pensou que o bom e velho Playstation 2 estava condenado a desaparecer, assim como aconteceu com seu predecessor, o famoso PSone...


Pura ilusão. Com o Playstation 3 custando os olhos da cara e com a nova tendência mundial de investir em produtos mais baratos (sobretudo para alimentar o mercado chinês e indiano), novos games não param de sair para PS2. Se você pensou que God of War II seria o último suspiro desse console, anime-se, você ainda não viu nada...






-Silent Hill: Origins: Ao invés de criar novos games para PS2, a moda ultimamente tem sido adaptar para o console jogos originalmente feitos para PSP, o videogame portátil da Sony.


E a estratégia tem dado certo. Como o PS2 e o PSP tem muitas semelhanças, a conversão não é lá muito difícil, e a empresa acaba lucrando com o mesmo jogo lançado para as duas plataformas.


Este tipo de adaptação trouxe, este mês, nos EUA, o mais novo game da série Silent Hill para PS2. Origins é um prequel sobre as origens da macabra cidade de Silent Hill e sua influência sobrenatural que tanto pertubou os pobres mortais no decorrer de cinco games da série e um filme de Hollywood. No papel de um caminhoneiro, perdido no local, você irá explorar o que há por trás da maldição da cidade, e como ela começou a se alastrar rapidamente por todos os arredores...









-Obscure: The Aftermath: A maior parte dos games de terror para videogame trás uma perspectiva muito oriental, com fantasmas bizarros, garotas de cabelo comprido e personagens com muito background. Obscure inovou ao ressuscitar o gênero do terror teen americano dos anos 80 e 90.


Lembra-se de Pânico, Sexta Feira 13, A Hora do Pesadelo, Halloween e tantos outros filmes com loiras peitudas, rappers, jogadores de futebol americano, nerds e outros personagens estilo American Pie às voltas com monstros em seu colégio ou universidade? Pois eles estão todos na série Obscure.


Neste novo game a ameaça ataca na Fall Creek University, e os estudantes locais, típicos esteriótipos de filmes teen, tem que sobreviver, e de quebra tentar eliminar as ameaças no melhor estilo Resident Evil.








- Baroque: Fans do console da Sony normalmente também curtem Anime e Mangá.
Muito além do estilo Final Fantasy, Baroque trás um enredo denso, cheio de citações místicas, em estilo dos Animes e Mangás.


A história se passa em um mundo pós apocalíptico, onde a sobrevivência da humanidade está por um fio, e a destruição está por toda parte. Prepare-se para muitos inimigos, magias, batalhas e locais para se explorar neste RPG de primeira linha e ótimos gráficos.








-Persona 3 FES: A série Persona trás uma idéia divertida. No enredo você vive um estudante comum do Japão, vai à escola, conversa com os amigos, namora, estuda, pratica esportes e se diverte. À noite, você é levado para um sombrio espaço extraplanar onde tem que combater os mais bizarros monstros para proteger o planeta.


Esta estranha mistura de The Sims com Final Fantasy já rendeu dois games e agora chega ao terceiro da série, prometendo novos personagens, novas reviravoltas e a continuação da história iniciada no primeiro game.
Se você gosta de RPG oriental, vale à pena conferir!









-LEGO Indiana Jones: A Lucasarts não quer ficar para trás na luta pelos donos do PS2, e inicia 2008 trazendo novos games para o console.

Na rabeira do tão esperado quarto filme da série Indiana Jones e seguindo a trilha do sucesso de Lego Star Wars (inclusive melhor que a maioria dos games "sérios" de Star Wars), George Lucas põe mais uma vez no mercado um game com os bonecos de plástico Lego, agora levando o arqueólogo Indiana Jones aos quatro cantos do mundo.


O game reproduz fielmente os três filmes da série, mas com bonecos Lego e muito humor. Também possui um desafio descente e uma boa jogabilidade. Imperdível para quem passou a infância brincando com Lego e assistindo Indiana Jones na Seção da Tarde...








- Star Wars The Force Unleashed: Aqui vai uma surpresa. Depois de ser alardeado como sucessor do PS2, o PS3 está compartilhando jogos com o console anterior. É certamente o caso mais estranho de "retrocompatibilidade" da história dos consoles.


Star Wars The Force Unleashed segue a tendência atual de se produzir o mesmo game para várias plataformas, com pequenas mudanças de gráficos, sons e jogabilidade. Disponível para PS3, PS2, Xbox 360, Wii, Nintendo DS e PSP, o game trás a história de um Jedi tentando sobreviver à ascensão do Império. Prometido para Novembro deste ano, parece ser coisa muito boa...






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12 de março de 2008

Wii are the champions!


Wii are the champions!
Desculpe o trocadilho insano e sem graça com a música tema das olimpíadas da Austrália (alguém lembra?). O fato é que o Wii, novo console da Nintendo trouxe uma grande revolução aos controles de videogame.

Sem fio, o controle do Wii pode ser movido à distância e reproduz fielmente na tela os movimentos feitos com ele. Não tardou para que surgissem novas (e bizarras) versões deste controle. De Wii espada a Wii metralhadora, confira alguns dos mais divertidas (e estranhas) variações do controle do novo console da Nintendo
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- Wii colorido: Tá bom, não é lá muito estranho nem bizarro. Desde os antigos ataris que é possível colorir o controle do videogame. O problema é que, como o Wii é muito sensível, uma lata de spray ou um pote de tinta pode danificar o controle...
Como costuma ser jogado para cima e para baixo, o controle do Wii também tem uma terrível tendência a voar das mãos do jogador direto na parede (ou pior, na cabeça de alguém).
Como resolver esses problemas? Ora, compre e coloque um case colorido no seu controle. Além dele ficar na cor que você queria, ainda evita que vá danificar (muito) a cabeça do infeliz que receber uma "wiizada"...
A propósito, a chave de fenda é para colocar o case, não é para ser pregada no controle...
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- Kits de Wii Sports: Muita gente prefere usar a imaginação ou olhar para a tela da TV na hora de jogar jogos de esportes ou corrida no Wii. Mas para os que fazem questão de segurar o taco na mão (hummmm....) já existem os kits de controles para jogar Wii.
Os kits trazem raquetes, tacos de baseball, golfe e volante para jogos de corrida. Também pode ser comprado separadamente o controle em forma de direção (para jogar games de corrida) ou só os tacos e raquetes de esportes em um modelo mais econômico.
O kit completo trás também uma cordinha para você prender no controle e evitar que, acidentalmente, o taco de algum esporte vá parar no meio dos olhos de alguém.
Infelizmente os kits são feitos de plástico e devem ser encaixados no controle do Wii (não vem com o controle e não servem para ajustes de contas... Nada de pegar seu "Wii taco de baseball" e sair por aí acertando as pessoas na rua...)
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- Wii controle normal: Tá bom, não importa a novidade tecnológia que tem sempre os saudositas de plantão reclamando "bom mesmo era o controle do PSone" ou "Saudades do tempo do Super Nintendo".
Se você não gostou do controle do Wii, não tem problema, é só encaixar essa peça de plástico e ele vira algo semelhante a um controle de PSone.
Pelo menos com este formato o controle do Wii não vai mais voar na cabeça de ninguém...
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-Pistola Wii: A primeira pistolinha pra videogames data do antiquíssimo Mega Drive. Mas com a tecnologia atual, sair atirando em alvos na tela é algo bem mais divertido....
Esta pistola de plástico é encaixada no controle para deixá-lo com uma aparência e uso de uma desert eagle. Como os tacos de baseball, não serve para ajustes de contas...
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-Wii Boxe: Até agora nós mostramos apenas modificações mais normaizinhas para o controle do Wii. Nada muito bizarro, apenas raquetes, tacos de golfe, volantes, pistolas... coisas que tem para praticamente qualquer videogame...
O que você acha então de uma luva de boxe projetada para receber um controle de Wii?
Imitação legítima de uma luva de boxe real, mas com local para se colocar o wii dentro. Com certeza seria bem mais legal do que ficar balançando o controle em jogos de boxe. Só cuidado para não esquecer o controle dentro quando for usá-la para lutar "de verdade". Um cruzado bem dado no queixo de um pode mandar o sujeito pro hospital e o controle para o lixão mais próximo... ou pelo menos para a oficina...
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-Wii Espada/Escudo/Simitarra: Um dia você acorda, liga seu Wii e fica com vontade de cravar uma espada no pescoço de alguém... Seus problemas se acabaram-se! Com o revolucionário kit Wii Medieval você não pode só cravar uma espada como duas, sendo uma no formato europeu e outra no formato árabe de simitarras (será feita especialmente para jogar Prince of Persia?). Além de tudo ainda vem com um escudo que serve tanto para colocar no controle quanto para se defender de eventuais espadas, tacos ou controles coloridos de Wii que saiam voando pela sala...
Acredite, jogar jogos de dois players nunca foi tão divertido. Bem que podia ter SoulCalibur para Wii também...
Em tempo, as espadas também são de material maleável, e não servem para matar ninguém (de verdade pelo menos...).
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-Wii AK-47: Desde que foi inventada na antiga União Soviética, a AK-47 ganhou o mundo. Um dos fuzis mais confiáveis de todo o planeta, pode ser utilizado sob neve, chuva, molhado, embaixo d'água, enterrado no gelo, apodrecido, em tempestades de areia, mergulhado em ácido, em gravidade zero... praticamente em qualquer ambiente e sob qualquer condição, tornando-se a arma favorita de todos os rebeldes, terroristas, mercenários, jogadores de Conter Strike e agora também de jogadores de Wii...
Algum maluco na internet resolveu desmontar uma AK-47 (segundo ele, de plástico, embora ache que dá pra fazer com uma de verdade...) e transformar em um controle de Wii. É divertido? Sem dúvidas. E de quebra você ainda pode posar de bin Laden ou de guerrilheiro das Farc com sua nova metralhadora Wii...
Talvez existam versões M-16, UZI, Ingram entre outras...
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-Wii Kentuchy Fried Chiken: AAAAAARRRRRGGGGGHHHHH!!!!! Essa é a coisa mais bizarra que eu já vi para um Wii. Tá bom, o controle de PS2 em forma de motosserra também é estranho, mas um controle em forma de COXINHA DE GALINHA EMPANADA!!! Ae é querer demais...
O console também vem com a foto do tio do KFC, a popular rede de carne de frango empanada. Deu fome?
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-Você já viu um Wii bizarro? Já viu outros mods mais estranhos para outros consoles? Mande a figura e o link para orcbruto@yahoo.com.br com o assunto "Videogames Bizarros". Os mais estranhos serão publicados no Blog da Resenha com o nick de quem os encontrou na internet!

10 de março de 2008

Gladiadores - Shadow of Rome vs. Colosseum Road to Freedom

- Gladiadores - Shadow of Rome vs. Colosseum: Road to Freedom
Gladiadores sempre renderam bons filmes, desde Ben-Hur até o Gladiador. No entanto, o mesmo infelizmente não acontece no mundo dos games. Raramente se vê um bom jogo baseado em gladiadores romanos.
Entre os jogos históricos, provavelmente a II Guerra Mundial possui a maior quantidade de games, incluindo sucessos como Call of Duty, Commandos, Battlefield 1942, Brothers in Arms, Medal of Honor, Wolfenstein e centenas de outros. O império Romano também está bem representado com a série Caesar, CivCity Rome, Rome Total War entre outros. Mas pouquíssimos jogos tratam exclusivamente das violentas lutas nas arenas romanas, onde a morte era certa e o sangue corria solto.
Basicamente os games mais conhecidos são Shadow of Rome, Colosseum Road to Freedom, Gladiator Sword of Vengance (para PS2) e Gladiators of Rome (para PC). O último é um horrendo game de estratégia com toques de RPG, lento, chato e sem muito ritmo. Gladiator Sword of Vengance não tem muita base histórica, e apela para a mitologia no melhor estilo God of War.
Para a resenha, vamos colocar, na mesma arena os dois games mais divertidos de gladiadores. Faça suas apostas e prepare suas armas, pois a batalha mortal entre Shadow of Rome e Colosseum Road to Freedom está para começar...


Visão Geral


Colosseum: Este game cumpre o que promete. É um jogo de gladiadores, no melhor estilo "beat'em up". Apesar de alguns elementos de RPG (você pode construir seu próprio personagem e treiná-lo para aumentar suas habilidades), a excência do game é o combate em grande escala nas arenas, onde uma infinidade de gladiadores se enfrentam em combates sangrentos. Na maioria destas lutas seu objetivo é simples: mandar todos os inimigos para a vala...



Shadow of Rome: Este é um game difícil de classificar. Tudo começa com o assassinato de Júlio César por Brutus. À partir daí o jogo alterna entre dois personagens: Agripa, um centurião romano, e Octavianos, um muleque sobrinho de César. Com Agripa o game varia entre um jogo de aventura/ ação, um jogo de corrida (de bigas) e um quebra pau de gladiadores. Com Octavianos o game se torna um stealth no estilo Hitman (seria esse garoto o ancestral do agente 47?), onde você tem que estrangular soldados pelas costas, ocultar seus corpos e pilhar suas roupas. Em alguns momentos, como Octavianos, o jogador tem a oportunidade de jogar um RPG, comprando itens para decorar sua casa, conversando com NPC's e caçando moedas perdidas pela cidade. A parte boa: tem uma grande diversidade de jogos diferentes em um só. A parte ruim: você é obrigado a jogar todos para o enredo progredir, se você não gosta de stealth, por exemplo, algumas partes do game serão chatíssimas...


Gráficos e Som


Colosseum: As cutscenes do game são primorosas, parecendo filme de Hollywood. No jogo em si os gráficos não decepcionam, mas também não animam muito. A platéia das arenas, por exemplo, é muito mal feita em termos gráficos, e também não tem muita influência no jogo, não gritam, não se comovem, e só dá pra saber como está a luta através de uma barra que marca o quanto a platéia está gostando do combate. Os inimigos são variados, e a gigantesca quantidade de itens à disposição faz com que eles pareçam ainda mais diversificados. As animações são boas, mas também não chegam a ser excelentes. Em alguns pontos os personagens e itens podem passar "através" de outros, e algumas texturas não são lá grande coisa. Quanto ao som, este é bem feito na maioria das vezes, embora algumas músicas sejam um pouco enjoativas...


Shadow of Rome: As cutscenes, em sua maioria, utilizam os mesmos gráficos do jogo. O intro é empolgante, embora não seja tão bom quanto o de Colosseum. No jogo os cenários são muito bons, com texturas competentes e gráficos bem feitos. Os personagens, no entanto, em certos momentos parecem ser meio "quadrados", e o contorno de alguns chega a ficar serrilhado em alguns pontos. Durante a maioria dos combates, as figuras humanas parecem destacadas do ambiente, sem sombras muito competentes e com uma paleta de cores diferente dos cenários. Há pouca variedade de personagens, e a maioria parece muito igual fisicamente. Embora existam gladiadores de vários tamanhos e formas, não há muita variedade deles. O som não é dos melhores, mas funciona bem. Muitas músicas são chatas e repetitivas, sobretudo nas missões stealth, e o game não tem uma trilha sonora muito criativa.

Jogabilidade

Colosseum: Logo no início do jogo, você é convidado a construir seu próprio personagem. Um treinador de gladiadores oferece diversas opções, como região de origem (que determina a aparência física de seu personagem), profissão anterior (que determina os atributos físicos dele), em que deus acredita e etc. Você também pode dar um nome para seu gladiador, e à medida que termina o jogo, novas opções para a construção do personagem são liberadas.
No game há uma infinidade de armas, armaduras, escudos, elmos e adereços que podem ser comprados de um armeiro ou pilhados nas arenas, o que serve para personalizar ainda mais seu personagem. Dependendo das armas e escudos utilizados, você pode progredir na carreira de gladiador, ganhando níveis em quatro "classes": Uma arma e/ou escudo pequeno, duas armas, uma arma e escudo grande, e desarmado. Tais níveis liberam novas habilidades, golpes especiais e aumentam o dano que seu gladiador causa.
Os combates são divertidos e dinâmicos, havendo diversas categorias nas quais você pode batalhar. Battle royale, por exemplo, é o famoso "cú de vaca", onde todos os gladiadores presentes na arena lutam contra todos. Em Survive você deve sobreviver em um determinado período de tempo, enquanto os outros gladiadores tentam te matar. Em Hunting você luta contra animais ferozes. Há dezenas de modos de combate, e você pode escolher participar ou não de cada luta, de forma que se você, por exemplo, não gostar de um modo, pode simplesmente não lutar nele.
As batalhas em si são bastante complicadas. Os comandos são difíceis, e muitas vezes acertar um oponente é um suplício. Basicamente os quatro botões principais, quadrado, triângulo, X e O; atacam os braços, pernas e cabeça do oponente, enquanto os botões de cima do controle defendem, saltam, abaixam e, L1, se segurado enquanto apertar um dos quatro botões principais, arremessa o que se estiver segurando. No entanto, não há nenhum botão que "trave" a mira em um oponente. Como os personagens movem-se rápido, muitos golpes perdem-se no ar, e alguns podem acabar acertando eventuais aliados, o que torna o combate complicado.
Outra dificuldade diz respeito ao dano. Quando se acerta um oponente, um número sobe dele, indicando o dano. No entanto, dependendo da cor deste número o alvo pode ter ou não recebido este dano. Números verdes e azuis indicam que o dano foi absorvido pelo escudo ou armadura, e números vermelhos e brancos indicam que o personagem foi ferido. Como isso não é informado durante o jogo, é comum pensar, nas primeiras vezes, que as armaduras e escudos não protegem nada contra ferimentos...
Outro problema é a pobreza das arenas. O jogo começa na Arena Largus, um quintal onde você briga com outros escravos. Além desta há apenas a Arena Atilius e o Coliseu. Embora maior, o Coliseu não possui um armeiro, e em poucas batalhas pode-se ver a arena mudar de visual... Com o tempo isso costuma ficar enjoativo...

Shadow of Rome: Como possui uma quantidade enorme de estilos diferentes, Shadow of Rome também possui diferentes graus de jogabilidade, com diferentes controles e objetivos. Algumas vezes isso se torna fonte de frustração, pois tão logo você acostume com um controle pode-se ver às voltas com outro completamente diferente...
Não é possível fazer seu próprio gladiador, nem mesmo escolher itens para ele. Antes das batalhas, em algumas delas, são oferecidas opções limitadas de armamentos. Elmos, escudos e armas diferentes, no entanto, devem ser obtidos no calor da batalha.
As batalhas, por si só, são o "show" de Shadow of Rome. Com uma mecânica fácil e rápida, você pode executar os mais insanos combos que pode imaginar. Certas armas e golpes arrancam cabeças, pernas, braços, cortam gladiadores ao meio entre outros efeitos "gore". Os combates abusam da carnificina, e há espaço de sobra para fraturas expostas, mutilações e atos bizarros.
Qualquer coisa fora do convencional rende "salvos", homenagens da platéia. Experimente arremessar uma cabeça recém cortada para o público e eles irão ao delírio, recompensando-o com armas ainda mais fortes, comida (que recupera sua "vida") e itens. Jogar objetos, partes de corpo, inimigos e armas na platéia também rende salvos, assim como fatiar inimigos ou aplicar combos sangrentos. A diversão do público é marcado por uma barra. Quando ela está cheia, pode-se apelar para a platéia (X + quadrado) para receber mais armamento ou comida.
As batalhas são bastante criativas, normalmente possuindo cenários diversos, como fortificações, pontes, torres, armadilhas e etc. Algumas lutas possuem missões, como resgatar um manezão aprisionado (enquanto outros gladiadores tentam matá-lo), matar um gladiador específico e coisas do tipo. Isso nem sempre é bom, sendo que algumas das lutas mais chatas envolvem destruir estátuas de pedra marcadas com a bandeira inimiga mais rápido do que seus oponentes tentam destruir as suas...
A IA não é grande coisa, e muitas vezes parece que seus inimigos possuem Ignorância Artificial ao invés de Inteligência. Nas missões stealth a coisa piora. Os seus oponentes são babacas preguiçosos, e basta alguns segundos escondido para que eles parem de procurar o "invasor" do palácio do Imperador... O mais bizarro é a fleuma e a sanguinolência do garotinho Octavianus, que invade palácios e casas estrangulando soldados, afundando o crânio de serviçais com jarras de vinho, apedrejar senadores e arremessando sapos em donzelas, tudo com a maior naturalidade... Ele não se importa nem um pouco em dizimar metade dos guardas, políticos e donzelas de Roma, mesmo sendo ele um membro da realeza e (aparentemente) um rapazinho dócil e gentil que fica horrorizado quando vê um assassinato (não cometido por ele pelo menos...). Perto do que o muleque faz, o homicído do César é fichinha...


Enredo
Colosseum: Este game, em si, não tem lá um enredo muito criativo. Você começa como um escravo gladiador que é vendido para uma academia de gladiadores. O dono diz que, se você gerar renda o bastante para ele, será libertado e poderá comprar escravos para si. Seu objetivo no jogo é conseguir lutar o melhor possível para poder pagar seu próprio preço em menos de 50 dias e se tornar um homem livre.
O game possui cinco finais diferentes, dependendo de suas escolhas. Há um final onde você consegue o dinheiro e se aposenta. O final onde continua lutando. O final onde não consegue o dinheiro. O final onde aceita trabalhar para o Império Romano e um final secreto, onde você tem que provocar tumulto no Coliseu e matar pelo menos 100 soldados romanos de uma só vez...
Colosseum tenta ser o mais histórico possível. Ao comprar armamento, é possível encontrar muitas peças reais, usadas por gladiadores da Roma antiga. E é possível até mesmo se armar como um deles. Embora existam peças "mágicas" que concedem bônus extras, não há muita influência mitológica no jogo, e a maioria dos personagens são muito fiéis à história.
Shadow of Rome: Como mencionado antes, este game se passa depois da morte de Júlio César. A história, no entanto, para por aí. O enredo, embora envolvente e interessante, abusa da "licença poética". O pai do centurião Agrippa é acusado do crime, e sua mãe é executada por um brutal burocrata romano, comandante de uma tropa de guerreiros bizarros (que inclui uma mulher fantasiada de urubu e um condutor de biga boiola vestindo roupa de toureiro...). Octavianus, sobrinho do imperador, resolve se infiltrar no Senado Romano para poder descobrir quem matou seu tio (caramba! Mas o muleque não é da realeza??? Porquê ele não simplesmente pede para assistir as seções do senado ao invés de ficar se infiltrando e matando senadores e soldados para isso???), enquanto Agrippa, no mato sem cachorro, desiste da carreira militar e resolve se vender como gladiador para o irmão de uma garota que salva sua vida, a fim de poder lutar nas arenas e ser escolhido para ser o carrasco a decapitar seu próprio pai...
O enredo aparentemente não faz muito sentido, e se parar-mos para pensar, é absurdamente bizarro. No entanto, no jogo ele funciona bem, com muitas cutscenes, personagens misteriosos, intriga e conspiração. Na verdade funciona tão bem que muitas vezes nem percebemos o quanto ele é esquisito...

Veredito:
Colosseum (***): Divertido, bem feito e com toques de RPG. Chega a lembrar Diablo II em alguns momentos. No entanto, carece de um enredo melhor e um sistema de combate mais prático. Também é pobre em arenas e desafios, ficando repetitivo muito rapidamente. Um modo "2 player versus" também não seria ruim.
Shadow of Rome (***): Muito bem feito graficamente e bem executado, tem muita violência e alguma interatividade. Por outro lado, ao misturar diversos estilos de jogo em um só, Shadow of Rome consegue desagradar a gregos e a romanos. O enredo também é bastante bizarro, e muitas "fases" são insuportavelmente difíceis, chegando ao ponto de tornarem o game frustrante.
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Ficou com vontade de conferir estes games mas não tem um PS2? Seus problemas se acabaram-se! https://qualityimportadora4.websiteseguro.com/product_info.php?products_id=63&idPonto=54

7 de março de 2008

Saindo do Forno

Saindo do Forno

Cansado dos mesmos jogos? Sorte sua, uma nova leva de games está chegando às prateleiras neste mês. Claro, isso no exterior, até sair aqui no Brasil ainda vai levar um tempo... Mas já serve para comprar via internet!



Command & Conquer III - Kane's Wrath: Enquanto o esperado C&C Tiberium não sai, os fãs podem se contentar com a mais nova expansão de C&C Tiberium Wars.
Neste game, o careca Kane (esse cara não morre???!!!) está irado, às voltas com uma briga interna entre as facções diferentes dos terroristas NOD. Novas unidades, novas fases e novas facções, subdivisões dos NOD e dos GDI, são algumas das promessas de Kane's Wrath.





- Battlefield Heroes: Cansado de ter que gastar dinheiro com os novos Battlefields? Cansado de levar headshot de um garoto de 12 anos que joga oito horas por dia? Segundo a EA seus problemas se acabaram-se.
A famosa produtora da série de shooters Battlefield, a Eletronic Arts, resolveu lançar uma versão "cartoon" de seu próprio game, a ser jogado gratuitamente na internet. Quer conferir? entre em http://www.ea.com/




Warhammer 40000 - Dawn of War - Soulstorm: A série Warhammer Dawn of War nos trouxe um excelente RTS e está lançando expansões a um bom tempo, cada uma com novas raças, facções e unidades. Após o excelente Dark Crusade, nos moldes de Rise of Nations, a THQ resolveu voltar a linha histórica do game original e trazer mais uma expansão para a série. Parece ser coisa fina!





- God of War - Chains of Olympus: Saudades de Kratos? Esperando ansiosamente o God of War 3 para PS3? Pelo menos podemos matar a saudades com este novo game para PSP.
Apesar do gosto de comida requentada e da repetição dos clichês dos games anteriores da série, este jogo traz gráficos soberbos para o portátil da Sony, e conta a história de Kratos antes dos eventos do primeiro God of War...






Pirates of the Burning Sea: Quem nunca sentiu vontade de ser um pirata? Navegar pelos mares, assaltar galeões carregados de ouro, sitiar cidades e portos, esconder tesouros em ilhas desertas... Embora seja um assunto popular, a pirataria raramente recebe bons games (quase sempre adaptações de filmes meia-boca). Pirates of the Burning Sea promete, além do combate marítimo, exploração de ilhas desconhecidas, elementos de RPG e até mesmo customização de navios. Prepare seu tapa-olho e seu papagaio de pirata, este game promete muita aventura em alto-mar, marujo!