20 de agosto de 2009

Prototype (PS3, Xbox360, PC) (*****)



- Prototype (PS3, Xbox360, PC) (*****)



Quem jogou games na década de 1990 deve se lembrar da Sierra. Ela já dominou o império que hoje tem supremacia da EA Games. A distribuidora lançava excelentes títulos de estratégia, ação e terror. Comprada pela Activision, casa de Doom 3, Call of Duty e Civilization, a Sierra ficou um tempo lançando jogos infantis, adaptações de filmes e outros títulos menores.



Quanto à Radical Entertaintment, essa iniciou suas atividades desenvolvendo extamente este tipo de jogo, sobretudo adaptações de filmes do Hulk e o clássico Scarface.



Juntas, a Activision, a Sierra e a Radical resolveram inovar, lançando um dos melhores games deste ano, Prototype.



GTA T-Virus


Prototype pode ser considerado um GTA T-virus, parecendo uma mistura bizarra de Grand Theft Auto com Resident Evil. Mas a mistura funciona e o jogo não merece nenhuma nota abaixo de 5 em nossa resenha.


Especialistas em psicologia afirmam que os dez minutos iniciais de qualquer filme são os mais importantes, que realmente vão definir se a platéia vai gostar ou não do filme e se vai continuar ou não assistindo. Prototype trás essa idéia para o mundo dos games de forma magistral. Esqueça aqueles tutoriais chatos, com uma voz grave te mandando rodar a câmera para cima e para baixo, os dez minutos iniciais do game são pura ação, e já introduzem o protagonista, Alex Mercer, no meio de uma Nova York tomada por um virus que transforma as pessoas em mutantes.


Os movimentos e botões vão sendo ensinados aos poucos, enquanto você distribui porrada entre monstros, zumbis e militares fortemente armados.


Ao contrário da maioria dos protagonistas de games, Alex Mercer não é, nem de longe, frágil. E nem mesmo inocente. Ele é basicamente uma mistura de Carnificina (aquele vilão do Homem-Aranha) com Tyrant (aquele mutante de Resident Evil), ele é absurdamente resistente, podendo sobreviver a vários mísseis e tiros de tanque de guerra sem maiores problemas. Seus braços podem ser moldados em várias armas, de garras enormes (lembrando Tyrant, ou, com alguma imaginação, Wolverine) a um tentáculo dentado, lâminas imensas ou porretes capazes de amassar veículos blindados como se fossem latinha de refrigerante.


Alex ainda pode escalar qualquer edifício, saltar a dezenas de metros de altura, arremessar carros, fagocitar (literalmente, absorver) pessoas, mudar sua forma física (podendo se disfarçar do último humano que você fagocitou, ou se transformar em algo parecido com o Alien), ver através de paredes... Tudo o que um bom super-herói da Marvel ou da DC precisaria para combater o crime.


Acontece que Alex não está nem aí para o crime. Alguém liberou um vírus que transforma humanos em zumbis mutantes. Os militares fecharam todos os acessos para a ilha de Manhattan e estabeleceram um estado de sítio, com tanques de guerra nas ruas e soldados armados atirando para matar. Enquanto isso Alex acordou sem memória em um necrotério, com super-poderes absurdos, no meio de todo esse caos. Entre salvar parentes, antigos amigos e tentar descobrir o que aconteceu, as missões introduzem aos poucos novos movimentos e habilidades.


A Manhattan de Prototype é uma ilha imensa, com locais reais, incluindo o Empire State. Até o recente momento não consegui localizar o Ground Zero, onde ficava o World Trade Center, mas o realismo da cidade é tanto que é bem possível que ele também esteja lá.


Durante o jogo é possível andar pela ilha como bem quiser. Invadir as bases das forças armadas, adquirir conhecimento sobre armas, blindados e helicópteros (simplesmente "devorando" os militares treinados...), explodir prédios infectados por mutantes e fazer desafios de salto em altura, corrida, matança e outros. Como em GTA, você só resolve as missões se quiser, mas a narrativa não progride se você não completar as mesmas.


Você ainda tem a possibilidade de comprar upgrades para Alex Mercer, com pontos de experiências ganhos com missões, desafios paralelos ou a simples destruição de militares e infectados. Com tais pontos é possível aumentar a distância e altura do salto do protagonista, comprar novas manobras de combate, novas "armas" e daí em diante.


A inteligência artificial é, na maioria das vezes, satisfatória. Uma barra no canto do HUD mostra se você está despertando suspeitas em soldados, policiais e outros humanos. Curiosamente, andar com as garras a mostra e absorver pessoas desperta suspeitas, mas andar pelas paredes(!), erguer carros com as mãos (!!) e voar (!!!) não. Fica a dúvida se as autoridades estão te confundindo com algum vilão do Spiderman, uma vez que o "Cabeça de teia" é também de New York...
No mais, Prototype é um ótimo game, com uma atmosfera intrigante, muita ação, liberdade estilo GTA, sanguinolência, violência gratuita, zumbis e mortes absurdas. Gráficos e som são primorosos, as missões são bem feitas e a diversão é garantida.


Um comentário:

  1. Caara vc fez um resumo perfeito do que é esse jogo...

    eu sou viciado em proto.. zerei depois disso ele da a opção de jogar tudo d novo cm tuudo liberado de arma.,.. n paro nunk de jogar...

    e perfeito!!!

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