13 de outubro de 2010

Elder Scrolls Oblivion (PC, Xbox 360, PS3) (****)

Elder Scrolls Oblivion (PC, Xbox 360, PS 3) (****)


A Bethesda Software ficou conhecida por ressuscitar games que estavam no limbo a algum tempo, como a excelente série Fallout. Mas antes de tirar esses jogos esquecidos do submundo, ela também se aventurou em uma série de RPGs medievais que ficaria famosa, não só pela grande qualidade gráfica, mas também, e principalmente, pela enormidade de opções de customização. Com vocês, Elder Scrolls, uma das melhores séries de RPG para PC e Xbox 360.

Oblivion é a quarta versão da série Elder Scrolls, e conta com uma excelente engine gráfica e muitas boas idéias.

A narrativa, normalmente tão bem explorada em jogos de RPG, sobretudo nos games da Bioware (Mass Effect, Dragon Age) e Square/Enix (Final Fantasy), não é lá muito interessante aqui. Em um mundo medieval fantástico "padrão", o imperador Uriel Septim VII sofre com uma série de assassinatos. Todos os príncipes herdeiros foram mortos em circunstâncias misteriosas, e agora ele é a próxima vítima, e para isso vai fugir pelos túneis sob a capital de seu império... tunéis esses que começam na cela da prisão onde seu personagem está...


Praticamente nada em termos de narrativa é muito interessante. Nada das tramas políticas de Dragon Age, nada dos personagens carismáticos de Final Fantasy, nada da atmosfera divertida de Baldurs Gate... Mas isso não chega a atrapalhar muito, na verdade é mais uma escolha da Bethesda, que resolveu tornar Oblivion um jogo muito mais aberto (similar ao excelente Mount & Blade), sem um roteiro muito específico para ser seguido. 


Embora exista uma missão principal e uma narrativa que engloba um filho bastardo do imperador e portais para um mundo infernal chamado Oblivion sendo abertos em todo lugar, estas missões podem simplesmente ser ignoradas, e o jogador pode se aventurar em uma infindável coleção de missões secundárias, ou sair explorando o mundo por si só, sem se importar com a narrativa principal. 
O grande diferencial de Oblivion é a imensa possibilidade de customização do jogo. Você pode escolher entre etnias humanas, elfos, orcs, homens-lagarto e homens-felinos (estilo Thundercats) para criar seu personagem. Uma imensa ferramenta de customização do personagem permite montar o rosto que quiser nele, mudar cores, formas, texturas... deixá-lo do jeito que você quiser. 


Classes? Além dos manjados guerreiros, bárbaros, rangers, paladinos e etc que tem em quase todos os RPGs medievais, você ainda pode criar sua própria classe, do jeito que você quiser. 


A própria história vai se desenvolvendo de acordo com as suas ações. Se você matar algum inocente, por exemplo, além de uma recompensa por sua cabeça, você terá uma seita de assassinos querendo te recrutar. Se você for preso, poderá encontrar algum amigo te convidando para a guilda dos ladrões... e assim por diante. 


Até para aumentar o nível do personagem, é necessário dedicação "in game". Nem só matar oponentes aumenta seu nível, você precisará, principalmente, de treinar as habilidades de sua classe. Se sua classe tem habilidades de atletismo, por exemplo, ficar correndo, nadando e saltando irá fazer você passar de nível. 


Os gráficos são suficientemente bons, sobretudo para a época do game (2006). Há alguns problemas com relação às mulheres do game, o anti-alias não funciona muito bem (sobretudo com as personagens femininas) e fica aparecendo uma "sombra" no queixo delas semelhante a uma... barba! 


O som é bastante competente, sobretudo as músicas de fundo, que são muito bonitas. Há muita coisa para se fazer no game, desde explorar ruínas espalhadas no mapa até entrar para uma guilda ou sociedade secreta. Oblivion vai te manter grudado na tela do PC ou da TV por bastante tempo! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário