Em 1999, em meio à febre de games sobre 2ª Guerra Mundial, a EA lançou Medal of Honor, um jogo cuja narrativa foi criada por ninguém menos que Steven Spielberg. Fora o nome do famoso diretor de Indianna Jones, o jogo seguia bastante a idéia dos FPS da época, você era um soldado extremamente poderoso, andava em cenários terrivelmente lineares e eliminava bilhares de nazistas com seu arsenal de guerra.
Eis que quase uma década depois, em 2010, os tempos são outros. O árabe Osama bin Laden jogou aviões no World Trade Center e no Pentágono e os EUA, na época governados pelo (ruim de geografia) presidente George W. Bush invadiram o Afeganistão, então pais mais pobre do mundo, sob pretexto de que bin Laden estaria, talvez, escondido por lá (spoilers: não estava...).
Depois de nove anos de uma guerra que não dá sinais de estar no fim, os EUA tem novos inimigos na figura da milícia Talibã, que governava o Afeganistão, e ninguém está mais preocupado com os nazistas dos anos 1940. Para essa nova realidade, a EA resolveu ressuscitar a franquia Medal of Honor, agora no Afeganistão.
Afeganistão |
Ao invés de descambar para a patriotagem, Medal of Honor mostra um lado mais sujo da guerra, com agentes duplos, generais cometendo erros estratégicos, baixas civis e traições. Durante a campanha Single Player você joga com diversos personagens diferentes (ao estilo Call of Duty). Dois dos protagonistas, Rabbit e Deuce são soldados de elite, infiltrados atrás das linhas dos Talibãs para eliminar alvos importantes e sabotar suprimentos.
Agindo como forças de elite, o time Neptune de Rabbit e o Wolfpack de Deuce estavam progredindo e eliminando a resistência dos guerrilheiros, até o General Flagg, um idiota que bombardeia civis aliados dos EUA contra o Talibã por engano, exige que toda a infantaria disponível seja jogada de encontro aos guerrilheiros, e então entra o terceiro protagonista, Dante Adams, um soldado que tem o azar de cair numa emboscada durante esta operação caótica e completamente nonsense.
Time Neptune, sempre em desvantagem numérica, nunca em desvantagem tática. |
Graficamente Medal of Honor impressiona, ainda mais para um game que já vai fazer dois anos de idade. As texturas são bem feitas, efeitos de luz e sombra são bons e os cenários são bem feitos, embora bastante lineares. O som também é bem feito, embora não se destaque da média dos FPS atuais.
A narrativa te acompanha a todo tempo, direcionando suas ações e dando um propósito para cada passo que você dá, nunca te abandonando em áreas abertas onde você tem que bancar o herói sem motivo aparente.
Gráficos bons, jogabilidade muito boa e narrativa sempre presente, o segredo de um bom FPS |
Amo medal of honor ( os de PS1 ), suas resenhas sao otimas.
ResponderExcluirtenho esse jogo a 1 ano e ainda não instalei...
ResponderExcluirE ótima resenha!
e Feliz Ano Novo!