Games Proibidos: Counter Strike e Everquest são as vítimas
Games violentos e a justiça tem uma longa história de censura no Brasil. Nos anos 90 foram proibidos os Jogos GTA; Requiem, The Avenging Angel; e Postal, todos por possuirem "muita violência e incentivarem o crime". Sim, em GTA e Postal o jogador assume o papel de criminosos (um ladrão de carro e um assassino, respectivamente), mas e quanto ao anjo de Requiem? Talvez anjos sejam foras-da-lei.
É indiscutível que tais jogos eram sim violentos. Em Requiem, um shooter, você podia usar magia para fazer seus alvos sangrarem até a morte, em GTA e Postal o jogador tinha a oportunidade de matar qualquer pessoa no jogo.
Olhando hoje, tais jogos tinham gráficos tão antiquados e toscos que não provocam nenhuma surpresa ou susto diante da famosa "violência" da qual foram acusados. Personagens "quadradões" sangrando quadrados vermelhos não parecem tão absurdos como foram vistos pela Justiça na época.
Hoje, as vítimas são os populares jogos on-line Counter Strike e Everquest. A decisão foi do juiz federal Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais e é válida em todo o território nacional. Tais games estão proibidos no Brasil, e serão recolhidos das lojas.
Segundo o juiz, Counter Stiker, aka CS, foi proibido porque "O participante pode escolher o lado do crime: virar bandido para defender a favela sob seu domínio. Quanto mais PMs matar, mais pontos. A trilha sonora é um funk proibido". Já o menos famoso MMORPG Everquest foi vítima de censura por "levar o jogador ao total desvirtuamento e conflitos psicológicos 'pesados'; pois as tarefas que este recebe, podem ser boas ou más".
A proibição de Counter Strike se baseia em um MOD (modificação feita por fãs), que inclui cenários com favelas do Rio de Janeiro. Há também diversos MODs na internet cujo download é gratuito e que fornecem cenários brasileiros, como ruas famosas de São Paulo.
Censura Burra
A censura do juiz Carlos Alberto é, no mínimo controversa, sem falar idiota. Aparentemente ele não entende absolutamente nada sobre os games que proibiu.
Counter Strike, um jogo onde dois times (um de terroristas e um de policiais) se enfrentam com objetivos como libertar reféns ou instalar bombas, não conta com nenhuma referência ao Brasil, à favelas ou ao narcotráfico. A proibição visa uma modificação não-oficial, feita por fãs e colocada para download gratuito na internet. Proibir tal modificação é praticamente impossível, uma vez que ela é amplamente disponibilizada na rede, inclusive em sites fora do país.
Segundo a Eletronic Arts, produtora de Counter Strike, "itens como traficantes, a cidade do Rio de Janeiro, favela, trilha sonora funk e pontuação extra por matar PMS não fazem parte do jogo original. Estas modificações foram criadas por pessoas que não têm qualquer tipo de ligação ou relacionamento com ambas as empresas e que dispuseram seu download gratuitamente pela internet." A empresa também afirma não ter sido notificada oficilamente, e diz que vai recorrer da sentença absurda.
Embora a proibição seja absurda, Counter Strike é um shooter violento, com muitos tiros e sangue. O mais absuro é a inclusão do MMORPG Everquest na sentença.
Não muito famoso por aqui, Everquest não tem representação oficial no país. Ou seja, o juiz proibiu um jogo que, oficialmente, nem sequer é vendido no Brasil...
Everquest é assinado pela internet, e instalado por download, o que significa que é impossível cumprir a sentença de recolher das lojas o game, uma vez que ele vem do exterior direto da rede. No mais, Everquest é um MMORPG simples, similar a World of Warcraft, Ragnarok e outros do mesmo estilo. Quanto aos "conflitos psicológicos 'pesados'", alegados pelo juiz, Everquest está longe de se igualar a outros RPGs, como Vampire, Planescape: Torment e Fallout 2.
Em Fallout 2, por exemplo, é possível traficar drogas, capturar escravos e trabalhar como assassino de aluguel. Em Planescape você pode contratar prostitutas e mentir para personagens. E em Vampire:Bloodlines há muito mais violência, sem falar em cenas de sexo logo nas cutscenes de abertura. Online temos, por exemplo, Second Life, com centenas de prostíbulos e casas de striptease.
Como pode-se ver, ao invés de tomar decisões à respeito de assuntos que realmente incomodam a população, como corrupção, tráfico de drogas e violência, a justiça brasileira prefere dar suas sentenças ao "mundo virtual". Aparentemente é mais fácil punir personagens de ficção do que atacar crimes reais.
NAOOOOOO SABEEE PORRA NENHUMAA
ResponderExcluiraehuiHUIAEHuihaeuiHEUI
viajaaaaaaaaaaaaaa ! ;D
HUAIhuihUIAEHhaeui XD
O.o
ResponderExcluirEspero q esteja falando do tal juiz... esse eh meio doido mesmo...