- Warhammer 40.000 Dawn of War Dark Crusade (*****) (PC)
O mundo de Warhammer 40.000 começou a tomar forma com o jogo de tabuleiro lançado pela empresa canadense Games Workshop nos anos 1980.
De lá para cá, o rico universo de Warhammer 40.000 já migrou diversas vezes para o RPG, para os games eletrônicos, card games, gibis e diversas outras mídias, influenciando produtos tão díspares quanto o game Starcraft e o filme Starship Troopers.
No entanto, o universo de Warhammer 40.000 se tornou tão grande, complexo e bagunçado que poucos conseguem saber o bastante sobre o cenário. Para fins de comparação, o universo de Warhammer tem mais que o triplo de facções, planetas e personagens do que o universo de Star Wars ou Star Trek.
Foi então que a THQ e a Games Workshop decidiram entrar de cabeça no mundo dos RTS, com os excelentes Warhammer 40.000 Dawn of War e a expansão deste, Winter Assault.
No entanto, o universo de Warhammer 40.000 ainda era muito grande, e apenas uma pequena parte estava sendo mostrada nestes RTS. Por isso (e para ganhar mais umas verdinhas, sendo que os dois primeiros games fizeram sucesso), as duas empresas resolveram continuar a parceiria e lançaram mais um game da série.
Ao contrário do que alguns acham, Dark Crusade NÃO É um pacote de expansão para Warhammer 40.000 Dawn of War, mas sim um jogo idependente, que continua a série sem precisar do primeiro instalado.
Também ao contrário de Warhammer 40.000 Dawn of War, Dark Crusade não possúi uma campanha cheia de fases e missões. No começo da campanha offline você escolhe uma facção, e é então apresentado ao planeta Kronus e ao que seu povo resolveu fazer lá. Então cabe a você, em um mapa estratégico do planeta, dividido em províncias, decidir onde e como atacar.
A cada ataque você pode levar apenas seu comandante e algumas unidades de elite, e em terra, no mapa RTS similar ao dos primeiros Dawn of War, você pode construir quartéis e pedir reforços.
A narrativa é muito bem custurada, e a presença das facções faz todo o sentido no planeta Kronus. As facções de Dawn of War (Space Marines, soldados humanos futuristas geneticamente modificados, cheios de alta tecnologia; Orks, seres verdes e bestiais, com tecnologia tosca e improvisada) e Winter Assault (Imperial Guard, soldados humanos comuns; Eldar, elfos espaciais futuristas e furtivos; e Chaos Space Marines, Space Marines satanistas e degenerados) já estavam em Kronus quando o planeta foi "fechado" por uma "tempestade espacial" (Warp Storm). Essa "tempestade espacial" impede que naves cheguem ou saiam da órbita do planeta, o que obrigou as facções a resolverem seus problemas sem poderem retroceder ou chamar mais reforços.
Duas novas facções estão presentes no game. Os Necrons (que fizeram ponta em Winter Assault) são mortos-vivos cibernéticos (algo como os seres do filme Virus) que buscam eliminar todo tipo de vida orgênica. Já os Tau são alienígenas (parecidos com os Grey, aqueles cabeçudinhos que andaram visitando Varginha, em Minas Gerais) com alta tecnologia mas pouca resistência física, que contam com camuflagem, veículos, snipers e aliados de seu planeta (os bestiais Krootox) para sobreviver.
Cada facção tem seus interesses próprios em Kronus, e cada uma possúi um quartel-general que, quando invadido provê uma longa batalha cheia de objetivos secundários e cutscenes.
A liberdade de ação, os excelentes gráficos, a violência gratuita e as absurdas citações "filosóficas" do universo de Warhammer fazem de Dark Crusade um game espetacular, capaz de tirar lágrimas dos olhos dos fãs mais hardcore e também de cativar qualquer um que não conheça ainda o rico universo de Warhammer 40.000.
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