Dawn of War 2 - Retribution (PC) (****)
Warhammer 40k começou nos antigos jogos de tabuleiro no Reino Unido durante os anos 1980. De lá para cá o universo amoral, absurdo, violento e extremamente divertido de Warhammer ganhou tantas adições que acredito que seja até maior do que o de Star Wars.
Desde os antigos jogos de texto (para MS-DOS), este riquíssimo universo tem marcado presença entre os games de PC. Recentemente o RTS Dawn of War conseguiu um bom renome e quatro continuações.
Agora a segunda versão de Dawn of War chega a seu terceiro título, de longe o melhor de todos a carregarem o logo de Dawn of War 2.
Uma das grandes mudanças entre o primeiro Dawn of War e Dawn of War 2 foi a perda da capacidade de construir unidades e estruturas, a série saiu de quase um Starcraft para um Commandos, e com isso muitos fãs dos quatro Dawn of War originais se decepcionaram um pouco. A estrutura preguiçosa das missões (basicamente andar em linha reta e arrebentar um chefão da fase, com poucas variações) também contribuiu para tornar Dawn of War 2 e Chaos Rising um tanto tediosos.
Por sorte, Retribution volta às origens de Dawn of War, mais especificamente Dark Crusade e Soulstorm. Aqui você pode escolher entre várias facções (Eldar, elfos futuristas; Tyranids, aliens gosmentos estilo zerg; Space Marines, humanos em armaduras cibernéticas; Chaos Space Marines, Space Marines do mal; Imperial Guardsmen, humanos normais; e Orks, orcs futuristas), cada uma com sua própria história e narrativa.
Cada facção conta com um herói, que vai evoluindo, ganhando novas habilidades, equipamentos e itens, e soldados que podem ser recrutados durante as missões, nos vários quartéis e postos avançados espalhados pelos mapas. Felizmente não há mais os tediosos chefões, embora as missões ainda sejam um tanto quanto lineares.
Todas as narrativas são interessantes, e os gráficos dão vida nova à jogabilidade dos (já antigos) Dawn of War originais. A variedade de inimigos e unidades aumenta bastante a diversão, e os efeitos sonoros também foram melhorados.
Retribution é superior a Chaos Rising e DoW2 em praticamente todos os aspectos. Infelizmente, a falta de uma renovada na parte gráfica, principalmente no HUD e nos quadros de seleção de planeta e equipamento do personagem faz o game ficar com cara de mod, de uma modificação não-autorizada, daquelas que o pessoal de foruns costuma fazer para deixar um ou outro jogo mais divertido (alguém já jogou o famoso GTA Rio de Janeiro? Ou GTA Romênia? Pois então, são mods, muito sem vergonhas, de GTA San Andreas).
Se você gostou de Soulstorm e Dark Cruzade, vai poder matar um pouco da saudade com Retribution, agora com gráficos novos. Ainda não é "o" jogo de Warhammer 40k, mas está no caminho certo.
oi Orc, gostei muito do seu blog, você faz resenhas muito boas, mas tenho um desafio para você. Você consegue achar um jogo ao estilo Spore, em que você começa jogando em primeira pessoa, e com o passar do game, ele vai se tornando um RTS?
ResponderExcluirJogo estilo Spore, em primeira pessoa e que vira RTS?!
ResponderExcluirCara, se souber de um game assim me informe, seria muito bom!
Mount & Blade Warband acho que é o que chega mais próximo. Não é primeira pessoa, mas estilo Dead Space (onde você vê as costas do personagem), você começa sozinho, mas pode recrutar um exército, e as batalhas são bem estratégicas (meio estilo Total War), ainda que não seja RTS...