29 de agosto de 2011

From Dust (PC, Xbox 360, PS3) (***)

From Dust (PC, Xbox 360, PS3) (***)

O gênero de "simuladores de deus" foi apresentado pela primeira vez no game Black & White, ficou desaparecido uns tempos e agora está de volta em From Dust, um dos games que eu esperava mais ansiosamente.

Em From Dust você é "The Breath" (algo como "O sopro" ou "A respiração"), uma espécie de espírito guardião que deve ajudar um grupo de humanos mascarados a sobreviver em um mundo hostil cheio de desafios.

Pode parecer estranho à princípio, mas From Dust lembra o antigo clássico Lemmings. Aqui você tem que usar suas habilidades de agarrar quantidades de água, terra, lava e plantas e soltá-las em outros locais, para proteger os humanos e suas vilas de catástrofes como vulcões, tsunamis, terremotos e incêndios florestais.

Esteticamente From Dust é deslumbrante. Os efeitos e texturas são bem bonitos, e os humanos e suas construções foram inspirados em tribos reais da África e Oceania. A história e as fases dão um tom de misticismo ao jogo, como se fosse parte de uma daquelas lendas tradicionais contadas por antropólogos. Quem fez faculdade de alguma área de ciências humanas (antropologia, história, sociologia, teologia...) e estudou o autor Mircea Eliade vai reconhecer muito das obras dele por aqui.

A parte sonora é legal. Os humanos podem aprender músicas específicas para desviar água ou fogo, protegendo sua vila de tsunamis e incêndios. Praticamente não há trilha sonora fora as músicas mágicas deles, apenas os sons das águas, vento, lava e outros elementos.

A mecânica de pegar elementos em um lugar e larga-los em outro é melhorada com poderes que você adquire ao colonizar certos obeliscos espalhados pelo mapa. É necessário colonizar todos eles para passar para os próximos cenários, e se você gostar de alguns extras, pode tentar cobrir o mapa de florestas, colocando terra e fontes de água para todos os lados.

A campanha single-player de From Dust é curta, e fora ela há desafios adicionais que são liberados conforme você avança no jogo. Estes desafios na maioria são bem sem graça, e envolvem, por exemplo, apagar um incêndio ou segurar uma queda d'água para os humanos passarem embaixo. Depois de dois ou três deles é muito difícil ainda ter curiosidade para ver os outros.

From Dust peca bastante no controle. Demora muito a se acostumar com o fato do cursor ficar acompanhando o relevo, e volta e meia você perde o coitado de vista atrás de uma montanha ou dentro de uma cratera.

A inteligência artificial também enche um pouco o saco. Os humanos nem sempre conseguem encontrar o caminho para os lugares, ou insistem em passar por um local perigoso ao invés de tomar um caminho mais seguro. Às vezes eles "empacam" em dunas ou pedras, e, como você não pode pegá-los com seu poder e levá-los para um local mais seguro, o jeito é pegar um pouco de água e "dar um caldo" no pobre humanozinho...

Outro probleminha de From Dust é a reciclagem sem fim da mesma cutscene. Sempre que você passa de fase, é obrigado a ver o mesmo filminho dos mesmos humanos mascarados passando pela mesma caverna e saindo pelo mesmo buraco. Não tem como pular a cutscene, e toda vez que você perder a fase, terá que ver a mesma coisa denovo e denovo. E algumas fases vão exigir umas três tentativas ou mais para sair delas, o que garante que você fique de saco cheio do mesmo maldito filminho.

From Dust é bem legal e garante a diversão em uma tarde chuvosa. Mesmo sendo curto e com um controle esquisito, ainda faz um bom trabalho ressuscitando um gênero meio esquecido ultimamente.

2 comentários:

  1. ei por favor me ajude eu comprei o jogo FROM DUST
    e comecei a jogar-lo.Mas o jogo paresse que da uns
    bugs bizarros como por exemplo: quando seguro o elemento a tela fica mei preta,e tambem tem uma exata hora do jogo em que ele trava e desliga sosinho pfff me ajuda obg e um grande abraço

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