21 de setembro de 2011

Más notícias - Diablo III

Más Notícias - Diablo III

Não se fala em outra coisa na internet. O beta fechado de Diablo III finalmente saiu, e vários sites de games já puderam conferir como vai ficar um dos jogos mais esperados da história.

O Blog da Resenha não foi convidado (ainda...), e tivemos que ver o beta de segunda mão, através do Youtube e do site Gamespot.

Se você é maior de 20 anos, deve se lembrar do marco que foi o primeiro game da série. Em uma época em que jogos eletrônicos eram considerados "brinquedos" de criança, Diablo, Doom e Duke Nukem foram jogos que quebraram barreiras ao trazer violência, nudez, crueldade e símbolos satânicos para um mundo que era, praticamente todo, povoado por jogadores pré-adolescentes e adolescentes.

Diablo cresceu meio que na clandestinidade, aquele jogo que os colegas de escola emprestavam, e que jogávamos à noite, de headphones e luzes apagadas, escondidos de nossos pais, cujo nome nem poderíamos proferir abertamente. A cutscene de abertura já mostrava que o que estava lá não era para qualquer um, com a melhor computação gráfica da época era possível ver um corvo devorando o olho de um cadáver. Nos mapas e corredores do jogo abundavam cadáveres de mulheres nuas, pentagramas, cruzes invertidas em chamas e outros "detalhes" dignos de um show de Black Metal. A trilha sonora era envolvente, e sustos eram inevitáveis.

Diablo II já deu uma apaziguada no clima pesado do primeiro jogo, mas ainda mantinha um pouco do clima maligno do primeiro. Pelo que pudemos ver (de segunda mão, mas ainda assim...) no terceiro game da série, o clima aqui é ainda mais light e "family-friendly".

Os gráficos e a paleta de cores lembram um Neverwinter Nights, com personagens mais caricaturais (mas ainda não tanto quanto os de Warcraft 3) e menos violência e símbolos satânicos.

Felizmente Diablo 3 parece competente em criar um estilo de arte diferente e bem próprio, embora bem distante dos jogos anteriores.

A verdadeira má notícia vem com o anúncio de que Diablo 3 terá uma "loja" interativa no Battle.net. Segundo a Blizzard, os jogadores poderão encontrar itens no jogo e vendê-los a outros jogadores por moedas de ouro e, sim, terão que estar sempre conectados ao Battle.net...

Isso abre três probleminhas. O primeiro a gente já conhece de Darkspore, Assassins Creed Brotherhood e StarCraft 2, que é ser obrigado a ficar online mesmo para jogar singleplayer. Sua internet caiu? Teve que reiniciar o modem? Seu Windows ligou novamente o MSN? Parabens, seu jogo singleplayer caiu!

O segundo problema é o surgimento dos tais "Pay-to-Win", aquele esquema onde os riquinhos gastam mundos e fundos para comprar itens virtuais com dinheiro real, a empresa aumenta os requerimentos pra progredir no jogo (experiência para novos níveis, preço de itens...), e quem joga sem entrar neste comércio é obrigado a ficar grindando (matando monstros aleatórios infinitamente) para poder seguir adiante na narrativa.

O terceiro é um problema que já afeta World of Warcraft a anos. Em países como a China e Coréia, pessoas podem acabar sendo obrigadas (normalmente prisioneiros ou subempregados) a fazer "trabalho escravo virtual", jogando o game apenas para fazer tarefas repetitivas (normalmente grindando os mesmos monstros no mesmo lugar infinitamente) para que seus patrões vendam o "lucro" deles para jogadores riquinhos que não tem paciência de percorrer o game todo por um certo item ou por moedas virtuais.

A obrigatoriedade de estar o tempo todo conectado também não impede a pirataria. StarCraft 2 veio com esse recurso e acabou gerando vários cracks (programas que "enganam" o jogo para ele rodar como se fosse original), facilmente encontrados na internet. É um recurso que acaba dificultando o jogo de quem compra original e dando motivos pro sujeito se esgueirar por comunidades "piratas" como o PirateBay em busca de cracks para poder jogar em paz.

Enfim, pode ser que estejamos todos enganados aqui, e que Diablo 3 seja um excelente jogo, muito melhor que todos os anteriores, mas pelo que foi mostrado de seu beta, parece que estamos mais próximos de um novo Duke Nukem Forever do que de um Fallout 3...

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